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Em meio à crise, DEM tenta evitar imposição do governo
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/07/2011 | 07:28
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O alinhamento do DEM com o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), para 2012 ficou praticamente acertado após reunião entre o presidente estadual da sigla, deputado federal Jorge Tadeu Mudalen, e o secretário de Gabinete, Nilson Bonome (PMDB). Porém, a possibilidade de dar carta branca ao governo petebista não ficou bem definida.

Vereadores democratas e Israel Santana, cotado para presidir a comissão provisória do DEM, demonstram que, caso haja imposição, vai ocorrer debandada.

Israel afirmou que no último encontro - em junho - com a direção de São Paulo foi lhe concedida autonomia para auxiliar no processo de reestruturação do partido. "Parece que estão querendo me tirar da jogada. Deve ser porque não sentei com prefeito em nenhuma ocasião e ele está agindo como menino egocêntrico."

O ex-vereador adianta que existem 50 pessoas para filiar à sigla, só que aguardam que o DEM esteja organizado. "Tem gente caindo no canto da sereia. Creio que não há interesse na reeleição de vereadores (do DEM). Não falo essa língua (do governo), que virou a página de livro ruim", disse Israel, em referência ao slogan de campanha de Aidan em 2008.

Os detalhes do apoio democrata à administração que seriam definidos hoje foram postergados. Mudalen cancelou a agenda por conta da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso Nacional. Outro ponto a ser decidido seria o comando da legenda em Santo André, que está órfão desde a saída de Raimundo Salles para o PDT.

Para o vereador Evilázio Santana, o Bahia (DEM), se a direção - com ‘ajuda' do governo - empurrar Marcos Medeiros, assessor de gabinete de Aidan, para ocupar a presidência haverá problema. Bahia foi quem articulou o ingresso de Israel. "Se vier goela abaixo não vamos aceitar." Medeiros tem a confiança de Mudalen, especialmente devido à proximidade de ambos com a Igreja Internacional da Graça de Deus.

O vereador Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho (DEM), avaliou que há manobra para dificultar sua reeleição. "Após tentar abrir CP I na Câmara, Aidan nem quer ver minha cara." Ele estuda migrar sem correr risco de perder mandato. "PSDB seria bom caminho."

Bonome não foi localizado para comentar o assunto.




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