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FAO: não há provas de que Sars provenha de animais de granja
Da AFP
05/05/2003 | 15:40
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O técnico Peter Roeder, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), informou nesta segunda-feira, em Roma, que "não há provas" de que o vírus da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) tenha origem em animais de granja, pelo que pediu cautela em relação ao assunto.

Em entrevista à imprensa, Roeder, do departamento de Saúde Animal da FAO, definiu como "pouco provável" que o novo vírus se propague em locais onde haja criação intensiva animais, como gado, aves, porcos, etc. Para Roeder, "não há nenhuma prova de que o vírus do SRAS seja de origem animal, apesar do mistério que ainda o envolve".

Ouvido sobre a relação entre a SRAS e a gripe das aves registrada no momento na Europa e nos Estados Unidos, ele informou que são causadas por "vírus completamente diferentes".

O temor de que o novo vírus se espalhe facilmente nos lugares ou países que desenvolveram a produção intensiva de animais, como Estados Unidos e Europa, foi em parte descartado pelo técnico das Nações Unidas.

"Intuitivamente se poderia pensar que sim, mas como não há provas de que o vírus se origine em animais de granja, não podemos culpar esses fatores pela epidemia atual", afirmou. "A alta densidade populacional no sul da China pode muito bem ter sido um fator importante na origem desta enfermidade, qualquer que seja sua origem", comentou.

Ele destacou que "todas as provas apontam para um fator patógeno humano transmitido em primeiro lugar por secreções infectadas procedentes do aparelho respiratório das pessoas contaminadas".

A FAO anunciou que apóia a experiência proposta por cientistas do Canadá e da Austrália, que querem importar o vírus da SRAS para infectar diversos animais. "Esta pesquisa experimental é necessária para comparar os estudos em campo sobre a hipotética circulação do vírus nas populações animais. O estudo começou no Canadian National Centre for Foreign Animal Disease e esperamos que logo se complemente com outras pesquisas na Austrália", disse.




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