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Câmara recebe protesto contra o Bolsa-Transporte
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
14/05/2010 | 07:44
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Ari Paleta/DGABC


Sem resposta da Prefeitura de Diadema há quase cinco meses, aposentados, idosos, desempregados e pessoas com deficiências e seus acompanhantes, que se utilizam do benefício constitucional de gratuidade no transporte público (neste caso municipal), protestaram ontem na Câmara, durante sessão ordinária. A reclamação é que o governo Mário Reali (PT) não está renovando o cadastramento dos moradores inscritos no Programa Renda Mínima - na modalidade Bolsa-Transporte.

A Prefeitura negou e informou, por nota, que "segue a legislação que regulamenta a concessão do benefício, desde que atendam aos critérios socioeconômicos" do programa. A administração afirmou ainda que atende cerca de "16 mil" usuários.

"Todo começo do ano é o mesmo problema, mas neste ano está bem pior. A nossa luta vem desde janeiro", avaliou Maria Helena Gonçalves, integrante do Fórum de Transporte, que discute e defende todas ações relacionadas à área na cidade.

Pelas regras do programa municipal, o cadastramento anual ocorre entre janeiro e fevereiro. A habilitação, no entanto, é feita a qualquer época. Exatamente o que não está acontecendo, segundo os depoimentos na Tribuna Livre, com o endosso dos vereadores.

"Não têm mais nem inscrições sendo feitas atualmente", confirmou Wagner Feitoza, o Vaguinho do Conselho (PSB), que integra a base governista na Câmara. E que teve o apoio de Cida Ferreira (PMDB), também da situação. "O prefeito (Mário Reali) deve ter a sensibilidade para mudar o sistema", criticou, mas sem apontar sugestão.

Em ano eleitoral, Josefa Sancho de Carvalho, mãe de Francisco Thiago, 17 anos, deixou o seu recado. "Ele é especial, mas tem título e vota", alfinetou. Ela reivindica o aumento de passagens diárias individuais de duas para quatro.

Abaixo-assinado será entregue para providências do MP

Um abaixo-assinado, que será enviado ao MP (Ministério Público), corria ontem no Legislativo pelas mãos de populares em relação ao Bolsa-Transporte, benefício destinado às famílias de baixa renda.

No entanto, teve mais do que um vereador que, a boca pequena, pediu para que o documento deixasse de circular, porque a situação seria "resolvida". Só não souberam informar quando.

Ao mesmo tempo, durante a sessão de casa cheia, os parlamentares se colocaram a favor dos usuários que se utilizam do benefício de gratuidade para se locomoverem nos ônibus.

Pressionado, o líder do governo na Casa, Orlando Vitoriano (PT), garantiu reunião com representantes da administração e da comissão de vereadores quarta-feira, às 15h. O Diário apurou que o petista esteve reunido anteontem à tarde, no Paço, com o secretário de Governo, Antônio Fidélis, para buscar saída e evitar desgaste maior ao prefeito Mário Reali.

Para José Francisco Dourado, o Zé Dourado (PSDB), a Prefeitura, até agora, não apresentou nenhuma proposta. "As carteirinhas (cartões magnéticos) estão sendo cortadas sem explicação", afirmou.




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