O juiz Antonio Hristov, da 1ª Vara de Itapecerica da Serra, na Grande Paulo, marcou para 10 de maio o júri popular de cinco réus acusados de envolvimento na morte do prefeito de Santo André Celso Daniel, morto em janeiro de 2002. O quinteto é apontado pelo Ministério Público por participação direta no crime. Desmembrado dos demais denunciados, o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, terá o julgamento em data distinta.

Apesar de a Justiça ter negado, em junho, recurso de Sombra contra a sentença que determinou júri popular, a defesa do empresário, que era segurança de Celso, apresentou nova interposição no Tribunal de Justiça, aguardando apreciação do agravo para estipular outra data de julgamento. A defesa justifica que não teve direito a interrogar todas as testemunhas e acusados. Caso seja acatado, é possível que todo o interrogatório seja refeito.

Os réus listaram 13 testemunhas para serem ouvidas durante o julgamento. Serão levados a júri Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, Itamar Messias da Silva, Rodolfo Rodrigues Oliveira, o Bozinho, José Edison da Silva, o Zé Dílson, e Elcyd Brito, o John. Para o MP, eles foram contratados por Sombra para cometer o crime.

Na tese de crime político do MP, contestada pela Polícia Civil, que arquivou por duas vezes o caso, o petista foi morto por descobrir esquema de corrupção na Prefeitura para benefício próprio, em vez de financiar a campanha eleitoral do PT, em 2002. Até agora, só Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, foi condenado (18 anos de prisão).