Dia após dia aumenta a expectativa dos torcedores do Santo André em relação a reforços para o Brasileiro da Série C. Por detalhes ou até mesmo em função da falta de condições clínicas dos pretendidos, a diretoria admite encontrar dificuldades em contratar jogadores que possam ajudar o clube no projeto de voltar à Série B.

Na reapresentação do time, na segunda-feira, havia a possibilidade de três reforços serem apresentados pelos dirigentes, o que não aconteceu. Passados três dias, um dos jogadores foi descartado, enquanto os outros seguem sob sigilo da diretoria, que ainda não tem os acordos fechados. O atleta que esteve próximo do acerto foi o atacante Márcio Barros, 30 anos, que carregava a esperança de trazer experiência ao grupo, com média de idade reduzida - 22 anos. Revelado nas categorias de base do clube e com passagens por diversas agremiações do Brasil, como Botafogo-PB, América-MG, Náutico, Santa Cruz, Atlético Sorocaba, entre outros, ele não ficou por causa de problemas clínicos.

"Ele havia feito artroscopia no joelho direito e não deu certo. Por isso, vai ter de operar novamente e preferimos não arriscar em contratá-lo", afirmou o diretor de futebol do Santo André, Luiz Antonio Ruas Capella.

Os outros dois devem assinar contrato hoje. "De um deles ficou faltando um detalhe para amanhã (hoje). Do outro, que vocês (repórteres) já sabem o nome, também", destacou o dirigente, referindo-se ao lateral-esquerdo André Luiz, que defendeu o clube entre 2006 e 2008.

Segundo Capella, o Ramalhão encontra dificuldades em acertar com atletas para Série C. "Estamos um pouco atrás, com dificuldades, mas com calma temos conversado com diversos jogadores e esperamos evoluir antes de passar à imprensa", afirmou o dirigente, que explicou o critério de seleção de atletas: "É a mescla entre empresários amigos, jogadores conhecidos e investidores que querem ajudar o Santo André. Depois disso, os jogadores passam por avaliação da diretoria e da comissão técnica, quando se tem definição."

O grupo tem 19 atletas, 14 remanescentes do Paulistão, quatro oriundos do Patrocinense e um do Catanduvense.

Número reduzido de jogadores chama atenção na equipe

O número de jogadores do Santo André impressionou o técnico Sandro Gaúcho e o diretor de futebol Luiz Antonio Ruas Capella. Após três temporadas com grupos de quase 40 atletas, eles viram a marca cair pela metade e a intenção para disputar o Campeonato Brasileiro da Série C é não inchar novamente o elenco.

"Nos chamou a atenção quando vimos, ao entrar no vestiário, o quanto diminuiu o elenco. Sabemos da necessidade de virem alguns atletas, mas vemos essa situação com bons olhos", disse o treinador, que teve discurso endossado por Capella: "Queremos no máximo 28 jogadores."

Nos contatos que teve com os atletas, Sandro Gaúcho deixou claro o que espera deles. "Falei que vai ser um campeonato difícil, que precisará ser um grupo fechado, resgatando as origens do Santo André: com luta, foco e objetivo. Está enxuto, mas forte."