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Para paciente, Justiça deve deixar espaço aberto
20/08/2016 | 08:11
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Há três meses, um analista de mercado de 43 anos, que prefere não se identificar, foi diagnosticado com retinopatia diabética proliferativa, doença dos vasos sanguíneos da retina, e recebeu indicação de um tratamento, que foi negado pelo plano de saúde. "Recebi uma indicação para fazer o tratamento com urgência e submeti ao plano de saúde para verificar a possibilidade de aceitação ou rejeição. Em uma semana, o plano negou." O analista tem plano de saúde há quatro anos.

Diante da negativa, ele começou a pesquisar e encontrou casos de outros pacientes que conseguiram o tratamento acionando a Justiça. Mesmo assim, pagou por uma aplicação do medicamento, que é injetado no olho. "O mais barato que encontrei foi por R$ 2 mil. Tenho de fazer oito aplicações iniciais para ter o primeiro laudo. Não teria condições de pagar por isso."

Há 20 dias, conseguiu uma liminar e terá a cobertura do tratamento. Mesmo assim, diz que não se sente plenamente seguro. "O caso continua na Justiça e há sempre uma apreensão quando se trata desse assunto. Infelizmente, sou a parte menos favorecida, o poder econômico está a favor deles." Ele acredita que a presença de um órgão que mediasse a relação entre clientes e planos seria importante para minimizar problemas entre as partes. "A Justiça deixar um espaço aberto traria mais foco, clareza e rapidez para o assunto." Procurada, a Amil informou, em nota, que não poderia se posicionar sem os dados do paciente.




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