O general sérvio Nebojsa Pavkovic, acusado de crimes de guerra pelo TPI (Tribunal Penal Internacional), decidiu se entregar à Justiça internacional, anunciou nesta sexta-feira o Governo da Sérvia.

De acordo com o comunicado do Governo, o general Pavkovic, ex-chefe do Estado-Maior do Exército da República Federal da Iugoslávia (atual Sérvia e Montenegro) e antigo colaborador de Slobodan Milosevic, comparecerá na próxima segunda-feira a Haia.

Pavkovic, 59 anos, estará acompanhado de um grupo de médicos e irá primeiro a Roterdã, onde será examinado antes de viajar para Haia.

Segundo o texto, o general Pavkovic "informou ao Governo sua decisão de se render, já que não deseja ser o único obstáculo às aspirações do país de um futuro melhor". A UE (União Européia) aprovou no último dia 12 a abertura de negociações para um Acordo de Associação com Sérvia e Montenegro - um novo passo em sua intenção de incorporar os países da conflituosa região dos Bálcãs -, mas Belgrado somente conseguirá dar este primeiro passo no caminho de uma futura adesão à UE, se cooperar plenamente com o TPI para a antiga Iugoslávia, condição imposta esta semana pela Comissão Européia.

Pavkovic é o terceiro dos quatro generais acusados - em outubro de 2003 - por crimes de guerra contra a população albanesa de Kosovo durante o conflito de 1998-99. Dois deles, Sreten Lukic e Vladimir Lazarevic, já se entregaram, e o outro, Vlastimir Djordjevic, está foragido.