O porta-voz dos rebeldes afegãos, Yusuf Ahmadi, afirmou nesta quinta-feira que os 22 reféns sul-coreanos em poder do grupo há uma semana "estão todos vivos".  "Desde o 'último ultimato', nenhum outro sul-coreano foi executado. Estão todos vivos", declarou por telefone o porta-voz.  O 'último ultimato' dos talibãs expirou na noite de quarta para quinta-feira, à 1h local (17h30 de quarta-feira em Brasília).

Os talibãs mataram na quarta-feira à noite um dos 23 sul-coreanos, um pastor evangélico de 42 anos, e ameaçaram executar os outros se não fosse respeitada sua exigência de uma primeira troca de oito reféns pelo mesmo número de rebeldes atualmente presos no Afeganistão.

Ofensiva - Cerca de 50 supostos talibãs morreram e 16 de seus esconderijos ficaram destruídos em "ferozes combates" de mais de doze horas de duração na província de Helmand, foco da insurreição talibã e do tráfico de drogas no Afeganistão, afirmou nesta quinta-feira a coalizão internacional sob comando americano.

A força internacional assegurou que, no total, "mais de 160 rebeldes morreram desde domingo na região de Musa Qala", distrito controlado pelos talibãs desde fevereiro. Durante os combates, um militar da coalizão ficou ferido no braço e não houve vítimas civis.

A coalizão acrescentou em um comunicado que os confrontos foram registrados próximo ao povoado de Qaleh Ye Gaz e terminaram na manhã de hoje. A nota disse ainda que a aviação internacional lançou duas bombas sobre posições inimigas.

A província de Helmand no sul do país é caracterizada pelos enfrentamentos diários

Ultimato - Os talibãs anunciaram mais um ultimato para que o governo afegão aceite suas exigências. O novo prazo vai até as 07h30 GMT (04h30 de Brasília) desta sexta-feira, enquanto mais um emissário de Seul se dirige ao Afeganistão para intensificar as negociações pela libertação do grupo.