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Servidores de Mauá reclamam de convênio
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
21/12/2010 | 08:30
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Denis Maciel/DGABC


Alguns servidores de Mauá estão insatisfeitos com o convênio médico firmado em julho pelo governo Oswaldo Dias (PT). A empresa Saúde Medicol, faz parte do Grupo Nossa Senhora de Lourdes. Passados menos de seis meses, servidores reclamam de cirurgias desmarcadas de última hora e da falta de autorização para fazer exames. O contrato prevê cobertura regional, o que inclui além das cidades do Grande ABC, a Capital, para a realização de exames laboratoriais e clínicos, internações, entre outros benefícios.

A servidora Ângela Maria Baradel relatou que faria cirurgia da vesícula no sábado, mas foi avisada do cancelamento na véspera. "Já estava até de jejum e me disseram que o Hospital América não era mais conveniado. Depois fizeram encaminhamento para o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, que por sua vez informou que não atendem nosso convênio. Entrei com liminar e aguardo resposta do juiz."

Lúcia Rodrigues, também funcionária do Paço, grávida de quase sete meses, não esconde a apreensão. "Tenho mais de 40 anos e fico preocupada. Aderi ao plano mais caro para poder usufruir do Hospital América. Fiquei surpresa quando fui fazer exame na sexta-feira e disseram que não iriam nos atender mais. E ninguém nos dá uma explicação."

O presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Mauá, Jesomar Alves Lobo, confirmou que a entidade também tem recebido queixas dos funcionários. "São mais de 200 servidores que pagam pelo plano Plus - que dá direito a quarto apartamento e custa na faixa de R$ 196 mensais por pessoa. Conversei com representantes da Medicol hoje (ontem) e segundo eles o objetivo é cancelar mesmo o convênio com o América, mas que por ora os clientes poderão continuar a fazer consultas no hospital. Também devem fechar com o Hospital Mauá."

Lobo ainda disse que a Medicol alegou que o motivo para o encerramento da parceria com o hospital seriam os valores exorbitantes das faturas de atendimento dos servidores. O que encareceu foram os agregados: pais, mães, avós. O sindicalista destacou a pouca adesão ao convênio, diferentemente do passado. "Atualmente, apenas 1.000 do total de 6.000 funcionários aderiram ao plano de saúde. O número baixo é porque o atendimento não está a contento. Se houver os ajustes o número dobra. "

O diretor administrativo da Medicol, Paulo Fascina, garantiu que a empresa é idônea e que os casos serão analisados um a um para que sejam tomadas as providências cabíveis. "Somos uma grande rede de atendimento, cuidamos de 45 mil vidas e queremos nossos clientes satisfeitos. Em Mauá, além do Hospital América atendemos em outros hospitais, inclusive no nosso próprio centro médico. Vamos apurar todas as reclamações."

Procurada, a Prefeitura de Mauá não se manifestou.




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