O presidente do Flamengo, Edmundo dos Santos Silva, vai depor na manhã desta terça-feira, pela segunda vez, na CPI que investiga irregularidades no futebol. A primeira vez foi no dia 30 de agosto. Esse segundo depoimento já foi adiado duas vezes porque o dirigente alegou não conseguir falar devido a uma cirurgia na boca. Ele terá de explicar a origem de um depósito de US$ 16,5 milhões feito no paraíso fiscal das ilhas Cayman.

Além disso, o relator da comissão, senador Geraldo Althoff (PFL-SC) vai questioná-lo sobre a informação de que o Flamengo teria pago US$ 6 milhões pelo passe do iugoslavo Petkovic. Desse total, um depósito de US$ 1,2 milhão foi feito na conta de uma empresa com sede no exterior chamada Picoline. A CPI desconfia que a empresa seja somente de fachada.

O estatuto do Flamengo determina que a diretoria-executiva do clube preste contas ao conselho fiscal freqüentemente. O dirigente terá de explicar por quê essa determinação não está sendo cumprida.

Na semana passada, o ex-presidente Kleber Leite anunciou a existência de um sócio da empresa de Marketing ISL, ex-parceira do Flamengo, que obtinha 23% dos lucros do contrato. Esse fato não foi revelado pela diretoria do clube.

O presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PDT-PR), disse que a votação do relatório final será no dia 6 de dezembro.