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Justiça britânica autoriza médicos a não reanimarem bebê
Da AFP
24/02/2006 | 18:35
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Um tribunal londrino autorizou nesta sexta-feira os médicos a não reanimarem Charlotte, de 31 meses e severamente debilitada, contrariando o desejo de seus pais, que há um ano e meio lutam para manter a menina viva. Os juízes levaram em conta os relatórios dos especialistas, que são unânimes em sublinhar o estado de saúde irreversível da criança, que hoje sofre de uma infecção viral muito grave nos pulmões.

Um julgamento de outubro de 2004, confirmado em agosto de 2005, havia autorizado os pediatras do hospital St Mary de Portsmouth (sul da Inglaterra) a não reanimar Charlotte em caso de parada respiratória. Esta decisão havia sido derrubada por um novo julgamento em outubro de 2005.

"Acredito que nada é pior para uma criança do que ser entubada e morrer durante um tratamento inútil", declarou nesta sexta-feira o juiz Henley.

Charlotte nasceu prematura em outubro de 2003, medindo 13 centímetros e pesando 450 gramas. Ela sofre desde então de graves malformações renais, respiratórias e cerebrais, e sobreviveu a três paradas respiratórias. A menina fica constantemente dentro de um balão de oxigênio ou com uma máscara de oxigênio. Contrariando os pais da crianças, os médicos argumentaram que seria "vão e desumano" tentar reanimá-la novamente.




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