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Atores de Hollywood encerram greve segunda
Do Diário do Grande ABC
28/10/2000 | 18:44
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Os atores norte-americanos voltarao ao trabalho nesta segunda, depois de um acordo feito na semana passada com a indústria publicitária, que passou a reconhecer o papel dos sindicatos nas propagandas realizadas para a Internet.

  A notícia foi recebida festivamente pelo Sindicato de Atores de Cinema (SAG) e pela Federaçao Americana de Artistas de Rádio e Televisao (AFTRA), depois de uma greve de quase seis meses, a mais longa da história de Hollywood.

  O acordo preserva o sistema de remuneraçoes, pelo qual os atores que gravarem spots continuarao recebendo pagamento com base no número de vezes da veiculaçao do anúncio publicitário. Esta fórmula - o principal tema em litígio - é utilizada há 50 anos.

  Iniciada em 1º de maio, a expectativa era de que esta greve durasse até o próximo ano, quando vencem os contratos dos roteiristas e dos atores com produtores de cinema e TV.

  "Uma greve tem dois objetivos: conseguir um contrato melhor e reforçar o sindicato. Conseguimos as duas coisas", afirmou o presidente do Sindicato dos Atores (SAG), William Daniels, num comunicado divulgado em conjunto com a AFTRA.

  O contrato de três anos, que foi negociado no domingo passado, em Nova York, inclui o pagamento de direitos residuais aos atores pelos anúncios veiculados nas redes de televisao e o reconhecimento da jurisdiçao do SAG e AFTRA sobre os anúncios produzidos para Internet, dois dos maiores entraves nas negociaçoes.

  Embora o acordo ainda esteja sujeito à aprovaçao das juntas diretivas dos sindicatos, assim como de seus 135 mil membros, os atores de publicidade devem voltar ao trabalho amanha.

  Segundo o jornal Hollywood Reporter, a indústria publicitária das duas cidades norte-americanas onde mais se produzem anúncios, Los Angeles e Nova York, perdeu US$ 1,5 milhao e US$ 500 mil diários, respectivamente.

  Pela primeira vez, o SAG conseguiu a adesao de um grande número de estrelas, como Tom Hanks, Julia Roberts, Tim Robbins, Susan Sarandon, Paul Newman, que participaram de diversos atos organizados nos últimos meses.

  Outros atores, como Nicolas Cage, Kevin Spacey, Harrison Ford, Bruce Willis, Helen Hunt e Kevin Costner, contribuíram com milhoes de dólares para o fundo criado para ajudar os membros do sindicato, dos quais cerca de 80% recebem menos de US$ 5 mil.

  A longa duraçao desta greve provocou um clima de pânico em Hollywood, obrigando a indústria a adiar ou acelerar projetos previstos para o próximo ano, a fim de evitar novas greves.




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