Segundo ele, o orçamento deste ano, destinado ao programa, é de R$ 1,2 milhao. Instituído em agosto, no âmbito da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, ligada ao Ministério da Justiça, o programa vem sofrendo críticas de testemunhas e advogados, que acusam o governo de falhas na proteçao dos colaboradores da Justiça. "Tem gente que se queixa sem razao", disse o ministro.
Dias informou que o programa já inseriu 127 pessoas com direito legal à proteçao, e mais 45 testemunhas que se sentem ameaçadas e procuram ajuda do governo. "Houve uma demanda enorme, muito acima da prevista, em razao da CPI do Narcotráfico e dos inquéritos da Polícia Federal", justificou Dias. "Isto causa um grande problema porque o efetivo da PF é limitado." O ministro confirmou a abertura de concurso, no próximo ano, para a contrataçao de mil novos policiais federais.
Dias criticou o uso do autoritarismo e pregou o respeito às garantias individuais no processo de combate ao narcotráfico. "O narcotráfico tem que ser enfrentado dentro das regras do regime democrático", sustentou. "Nao temos o direito, como governo, de aumentar a insegurança e o medo dos cidadaos", afirmou Dias, sem fazer referências diretas à CPI do Narcotráfico. Sobre os trabalhos da comissao, Dias disse que a CPI está "cumprindo seu papel", mas nao quis fazer comentários sobre os últimos depoimentos, entre eles o do legista Fortunato Badan Palhares. "Eu nao vou ficar me pronunciando sobre cada ato da CPI", disse.
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