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PV vislumbra vida
orgânica e autonomia
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
29/05/2011 | 08:23
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Na tentativa de buscar real vida orgânica e autonomia, as lideranças regionais do PV se reuniram ontem em São Bernardo para definir planos para as eleições municipais de 2012. Entre as propostas principais estão a de tornar a bacia hidrográfica do Grande ABC operante. Para efetivar a medida, os verdes projetam lançar quatro candidatos em chapa majoritária nas sete cidades, realizando encontro a cada 15 dias para discussão.

Os delegados elegeram cinco coordenadores (Donizeti Pereira, de Santo André, Vera Motta, de São Bernardo, Fábio Mesquita, de São Caetano, José Valentim Seraphim, de Ribeirão Pires, e Edvaldo Guerra, de Rio Grande da Serra), além de Vera para a presidência da regional em substituição ao prefeito de Ribeirão, Clóvis Volpi, que ficou como coordenador nato, ao lado da deputada estadual Regina Gonçalves.

"Quero arrumar a casa. Tenho respeito pelo Volpi, mas não sou igual", disse Vera.

Para mostrar o momento da sigla, Vera alegou que as lideranças, após reunião na sexta-feira, não tiveram dissenso no intuito de evitar interferências de outras instâncias. "Não podemos tolerar totalitarismo, passou o tempo de ditadura. Uma de nossas missões é resgatar pessoas e valores históricos. Aparar diferenças. Não é porque não se gosta de um nome que ele não serve."

Nos bastidores verdes, a informação é que manobras impositivas de Regina em diretórios regionais têm causado fortes divergências e dissidências emblemáticas. "A Justiça deve voltar ao PV, sem truculência. Regina e Volpi já têm papeis orgânicos. Nenhum de nós é tão bom quanto todos juntos. Reconhecimento é importante na política", comentou Vera, ao destacar o caso de Horácio Pires, ex-candidato a prefeito de São Caetano, que perdeu espaço com a nova direção. "Vou puxá-lo à regional para produção de conteúdo."

A intenção do PV é apresentar candidatura em chapa majoritária em Mauá, Diadema, Ribeirão e Rio Grande. "Podemos ter surpresa em Diadema. A relação com o prefeito (Mário Reali, PT) não tem sido fácil. Em Mauá, Mateus Prado entrou e já deu problemas internos. Guerra pode ser vice e esperamos que o Volpi faça lição de casa e eleja sucessor do PV. Queremos passar por processo de equilíbrio. Aqui em São Bernardo apoiamos a administração, mas pode ser que não seja a vida inteira."

Regina ressaltou que o crescimento da sigla contribui de forma a ser mecanismo inibidor para manipulação. "PV não pode estar nas mãos de determinada pessoa."

Representante da executiva estadual, Arnaldo Juste Júnior salientou que para garantir o crescimento da legenda a direção criou comissão eleitoral para fazer levantamento nas 645 cidades de São Paulo para analisar quais diretórios estão em acordo com a administração local que impedem fortalecimento dos quadros. "São Caetano, por exemplo, está sendo estudada", pontuou Juste.

A única cidade sem integrante na coordenação na bacia é Mauá, por ter recebido cartão vermelho da estadual em função do desempenho insatisfatório no pleito de 2010, culminando na dissolução do diretório. O PV é o quarto partido com maior representatividade na região, perdendo para o PT, PSB e PSDB.




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