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Mudanças na legislação podem encarecer ônibus
Do Diário do Grande ABC
27/05/2009 | 07:00
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Os fabricantes de veículos de transportes coletivos deverão cumprir, a partir de 1º de julho, as novas regras estabelecidas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que visam trazer mais segurança e conforto aos passageiros, numa tentativa de adequar o País aos padrões internacionais. As medidas entrarão em vigor sem que tenha havido consenso entre fabricantes e governo, mesmo após seis anos de discussão.

Dentre as modificações estão a ampliação das poltronas - 40 cm de largura para micro-ônibus, 40 cm para veículos com até dez toneladas (ônibus convencionais) e 43 cm para aqueles com mais de dez toneladas. Além disso, o documento prevê redução dos corredores e espaço de 30 cm entre as poltronas para todos os casos. A resolução é válida para ônibus e micro-ônibus urbanos e intermunicipais, bem como para rodoviários e escolares.

Nos veículos com área para cadeirantes se exigirá que um dos lados da cadeira de rodas esteja apoiado em uma das paredes do veículo e que haja um corrimão.

A resolução também obriga a instalação de saídas de emergência no teto do veículos, que poderão ser basculantes ou de vidro temperado, para serem quebradas em caso de emergência.

Todas as medidas deverão ser adotadas a partir de julho, e os fabricantes terão dois anos para adequar seus veículos novos. Os ônibus que já estão em circulação estarão insentos de cumprir as normas, entretanto, todos terão de instalar faixas reflexivas nas laterais e na traseira da carroceria para aumentar a visibilidade.

Como explica o engenheiro da fábrica de carroçarias Marcopolo, Paulo Mutterle, que participou das discussões para a confecção das normas, certamente o cumprimento da resolução fará com que o valor dos veículos se eleve. "A somatória de medidas pesará no preço final, mas ainda não sabermos de quanto será o impacto." As fabricantes Daimler, de São Bernardo e Caio Induscar, de Botucatu, disseram que ainda é cedo para se manifestar uma vez que o assunto envolve diversos setores e ainda há pontos pendentes.




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