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Casa da Gestante do Hospital da Mulher atrasa e não tem data para ser entregue

Espaço voltado aos casos de gravidez de risco deveria ser inaugurado em setembro

Leonardo Santos
Especial para o Diário
17/08/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


 Prometida para ser entregue em setembro, a Casa da Gestante do Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, em Santo André, ainda está longe de ser concluída. O local, destinado ao atendimento de até 20 mulheres que têm gravidez de risco e que não podem fazer esforço, mas também não têm necessidade de ficar internadas, não tem prazo para ser entregue. Ontem, o espaço, considerado o maior centro de referência na saúde da mulher do Grande ABC, celebrou seu oitavo aniversário com bênção católica e bolo.

A obra, que está sendo realizada no estacionamento do centro de Saúde, tem previsão de investimento total de R$ 1 milhão, sendo R$ 653 mil oriundos do Tesouro municipal e R$ 446 mil do governo federal. Conforme a administração, o atraso se deve exatamente a problemas orçamentários. Conforme a Secretaria de Saúde do município, até o momento, houve repasse de 20% do valor empenhado pela União, sendo que os 80% restantes deveriam ter sido repassados após o início da intervenção, em dezembro de 2015.

Já o governo federal informou, por meio de nota, que “o processo referente ao pagamento da segunda parcela da obra, após pedido de prorrogação de prazo solicitado pelo município, está tramitando para as devidas providências cabíveis.”

 

COMEMORAÇÃO

Além de almoço especial e bolo confeccionado para comemorar a data, o padre Vanderlei Ribeiro, da Pastoral da Saúde da Diocese de Santo André, compareceu ao hospital para abençoar pacientes, funcionários e visitantes.

Segundo a administração, o centro realizou mais de 32 mil partos e quase 2 milhões de atendimentos desde sua abertura. A unidade atende 100% dos partos da cidade realizados via SUS (Sistema Único de Saúde). Por mês, 350 crianças nascem no hospital e mais de 11 mil consultas são realizadas.

“Essa parceria é muito importante. Nós conseguimos levar a mensagem e ao mesmo tempo confortar as pessoas”, salienta o padre Vanderlei Ribeiro. Para a diretora-geral do centro, Rosa Maria Pinto de Aguiar, as próprias pacientes promovem e divulgam o atendimento do hospital. “Esse é o modelo do SUS que acreditamos. Mesmo com problemas, procuramos sempre manter a humanização.”

Com 41 semanas de gestação, a moradora de Mauá Natália Gomes Gonçalves, 19 anos, ouviu falar do atendimento do estabelecimento e visitou o hospital pela primeira vez ontem. “O lugar é ótimo. Não demora para atender e os funcionários são atenciosos”, salienta. Emocionada, a professora Aline Rocca, 32, lembra dos tempos em que acompanhou o filho Davi, hoje com 24 semanas, na encubadora. “Hoje ele já respira sem ajuda de aparelhos e está bem mais desenvolvido. Meu filho não estaria vivo se não fosse pelo hospital.”




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