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Iraque entrega documentos sobre armas químicas e nucleares
Do Diário OnLine
Com AFP
09/02/2003 | 20:31
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O Iraque entregou aos chefes dos inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), Hans Blix e Mohamed ElBaradei, documentos sobre seu armamento nuclear e bioquímico. Neste domingo, os inspetores da ONU encerraram mais uma série de entrevistas com líderes iraquianos em Bagdá. Os resultados desses encontros servirão de base para o informe decisivo que eles apresentarão na sexta-feira ao Conselho de Segurança.

Após essa última inspeção no Iraque, que durou 36 horas, Blix afirmou que as autoridades daquele país adotaram uma postura mais série em relação aos problemas pendentes. "O acesso (aos sítios) foi rápido e prático", disse ele, acrescentando que "a cooperação sobre a aplicação da resolução 1441 do Conselho de Segurança foi boa".

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Mohamed ElBaradei, também observou uma mudança de atitude do Iraque em relação às inspeções. Segundo ele, os funcionários da ONU estão deixando Bagdá com um “otimismo prudente”. "Assistimos hoje ao início de uma cooperação plena (da parte de Bagdá). Se continuar, acredito que contribuirá para uma solução pacífica da crise iraquiana. Conseguimos progressos em todos os temas”, afirmou.

Desde que chegaram à capital iraquiana, no sábado, Blix e El Baradei se encontraram em três ocasiões com uma delegação chefiada pelo general Hossam Mohamed Amín e um assessor presidencial, o general Amer Al Saadi. Fontes ligadas à delegação da ONU revelaram que Blix e El Baradei almoçaram neste domingo com o vice-presidente do Iraque, Taha Yassín Radamán.

Segundo Blix, durante o final de semana o Iraque entregou a ele uma documentação sobre o bacilo do antraz e sobre os mísseis Al Fatah e Al Sumud, prometendo, além disso, responder antes de sexta-feira à exigência das Nações Unidas de que os aviões espiões do tipo U2 possam sobrevoar seu território.

O vice-primeiro ministro iraquiano, Tarek Aziz, havia advertido semana passada que os aviões espiões americanos U2, da ONU, não poderiam sobrevoar o Iraque até que as zonas de exclusão aérea do Norte e do Sul do país, vigiadas por britânicos e americanos, fossem eliminadas.

"Que acabem com essa ocupação de nosso espaço aéreo porque é ilegal, pois não se trata de uma decisão do Conselho de Segurança", disse Aziz domingo passado, à rede ITV. "Não é uma condição, é uma necessidade. É uma necessidade lógica e prática para as operações do U2", acrescentou na ocasião.

Ainda durante a visita, as autoridades iraquianas se comprometeram com os inspetores da ONU a criar uma comissão para buscar todos os documentos do país relacionados a armas proibidas e entregá-los às Nações Unidas.




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