Mephistópheles (Abujamra) é quem detém o poder e comanda as relações entre os três personagens – a adaptação preservou Fausto (Selma) e Margarida (Mariana). A montagem não se preocupa em reproduzir a história original, embora mantenha a trajetória do Fausto de Goethe – e o ponto básico, o pacto com Mephistópheles.
“Em meio a questões sociais, políticas, filosóficas e religiosas, a peça fala sobre como o homem se deixa corromper. Mordaz e provocativo, o texto mostra a podridão do ser humano”, diz Selma. Tons de deboche e ironia predominam sobre o de denúncia.
Se o texto de Abujamra dispensa a linearidade usual, a encenação se afasta da estética realista. “Utilizamos milhões de elementos de diferentes tendências”, diz Rodas. Tudo é simbólico, incluindo o tratamento dado ao relacionamento entre Fausto e Margarida. “É um espetáculo plástico, resolvido corporalmente”, afirma Selma.
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