Oficializado como nome do PMDB para disputar a Prefeitura de São Bernardo em circunstâncias similares às do vereador Antônio Cabrera (PSB) – que acabou desistindo dois dias depois –, o ex-parlamentar e ex-secretário Tunico Vieira reiterou posição ao embate eleitoral, reforçando deter estrutura política para fazer frente contra os favoritos no pleito, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), o deputado federal Alex Manente (PPS) e o ex-secretário de Serviços Urbanos e Coordenação Governamental Tarcisio Secoli (PT).

No dia 5, última data para convenção partidária, o PMDB e o PSB surpreenderam o cenário político na cidade ao anunciarem em cima da hora projetos próprios na corrida pelo Executivo, ao invés de composição. Os socialistas voltaram atrás dois dias depois. Já os peemedebistas passaram os últimos meses dialogando parceria com projetos de oposição. Na reta final, se aproximaram do PT, de quem foram aliados nos últimos sete anos, mas fecharam empreitada própria.

“Mantive candidatura, primeiramente porque tenho 25 anos de vida pública, o que me deixa com tranquilidade para debater com qualquer um os problemas e projetos para a cidade. Tenho a experiência de ter sido secretário de três prefeitos diferentes e vereador por dois mandatos, como situação e oposição”, argumentou Tunico. Ele pertenceu ao alto escalão dos chefes do Executivo Mauricio Soares, hoje no PHS, (1997 a 2003), William Dib (PSDB, 2003 a 2008) e Luiz Marinho (PT, 2009 a 2012) e exerceu legislaturas na Câmara entre 2001 e 2004 e 2009 a 2012.

Na empreitada solo, Tunico se uniu ao um dos coordenadores da juventude na sigla estadual Bruno Gabriel Mesquita, homologado como companheiro de chapa. Para a concorrência pelas cadeiras no Legislativo, o nome mais forte é o do atual parlamentar Giberto França, único representante da sigla. França está reticente sobre a candidatura própria, já que queria manutenção do apoio aos petistas. Ele, inclusive, sustentou na semana passada receio da empreitada própria do partido. Nos bastidores se comentou que o lançamento do PMDB à corrida pelo Executivo teria sido um troco de Tunico em França, que tentou ser o nome a compor vice com o PT.

“Passamos por muita coisa para a construção deste projeto. Mas eu nunca falei de nada diferente do que a nossa candidatura. Eu sempre acreditei termos uma ótima opção para a cidade. O momento é este”, disse Tunico, citando proximidade com o deputado federal Baleia Rossi, presidente estadual do PMDB, e Paulo Skaf, presidente do Ciesp (Centro da Indústrias do Estado de São Paulo) e segundo colocado na disputa ao governo paulista em 2014.