Cultura & Lazer Titulo Música
Maduro e cheio de pluralidade

Supercombo apresenta ‘Rogério’, quarto álbum
da carreira, com diversas participações especiais

Vinícius Castelli
15/08/2016 | 07:00
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Filipe Rodrigues/Divulgação


 Depois de todo o sucesso de Amianto (2014) e a exposição que o disco ofereceu ao Supercombo, pela frente viria um desafio: fazer um álbum tão poderoso quanto ele. Junto disso, apresentar tudo o que se conquistou na estrada e está na bagagem agora. A banda, que além da contrabaixista andreense Carol Navarro conta também com Léo Ramos (voz e guitarra), Pedro Ramos (guitarra e voz), Paulo Vaz (teclado e efeitos) e Raul de Paula (bateria), tira do forno agora Rogério (Elemess, R$ 27,90, em média).

A obra, quarta do conjunto nascido no Espírito Santo, é resultado de cerca de dois anos de trabalho e chega ilustrada por 12 composições autorais que passeiam por temperos pop e rock, mas com pitadas de groove e outros ritmos, como na canção Embrulho, que traz algo caribenho. Passagens pesadas não ficam de fora, assim como toques tropicalistas.

Para perceber a pluralidade do trabalho basta escutar músicas como Magaiver, A Piscina e o Karma. “Nós, da banda, por mais juntos e unidos que estejamos, somos muito diferentes uns dos outros. Cada um conta com uma fonte de inspiração na vida e acho que nesse álbum isso veio mais à tona”, explica Carol.

O disco foi acontecendo na época de Amianto, na estrada e nos ensaios. A artista explica que Rogério é o alter-ego, a personificação da maldade, da decepção, da tristeza que reside em todos. “Decidimos colocar um nome próprio, para deixar essa ideia mais próxima de cada um. Poderia ser João, Claudio. Esse nome veio de uma brincadeira durante nosso processo de trabalho em Amianto e ficou”, conta a artista.

Talvez a mistura e dinâmica que Rogério oferece sejam resultado de um trabalho coletivo. Carol conta que a banda decidiu fazer um álbum colaborativo e dai veio a ideia de chamarem amigos dos quais são fãs do trabalho. “Reunir gente da cena e que esta junto com a gente nessa caminhada maravilhosa”, diz ela. “Cada música pedia uma pessoa em especial. A escolha foi muito natural”, afirma.

E a pluralidade segue firme até mesmo com os convidados. Entre os presentes estão Emily, do Far From Alaska, Negra Li, Lucas Silveira (Fresno), Gustavo (Scalene), Mauro Henrique (Oficina G3), Keops e Raony (Medulla) e Sérgio Britto (Titãs), a única pessoa com quem a banda ainda não tinha intimidade e que ficou muito honrada.

Algumas coisas mudaram para o Supercombo que, pouco a pouco, vai subindo degraus. A luta segue firme, mas os números mostram mudanças. Hoje já são mais de 50 mil execuções em rádios, quase 124 mil seguidores no Spotify e mais de 608 mil na página do Facebook. Isso sem contar com a passagem por festivais e uma turnê com 140 shows. “O trabalho sempre aumenta. Aquele degrau por dia ainda continua. É isso o que fortifica a banda e todos nós, como pessoas. A cada dia conhecemos artistas novos e isso aumenta a garra de unir todos para continuar movimentando a cena”, encerra Carol.




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