Em paralelo ao deslumbre global pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, vários sinais de otimismo vêm sendo emitidos, nos últimos dias, por protagonistas da economia no País, na perspectiva de retomada imediata das atividades econômicas. Um deles foi divulgado na terça-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego) em julho subiu em relação a junho e atingiu o maior nível desde março de 2014. Os números foram interpretados de imediato pelos técnicos como mostra de aceleração da tendência de atenuar, nos próximos meses, o ritmo de queda do pessoal ocupado na economia brasileira. O ICD (Indicador Coincidente de Desemprego), outro parâmetro do mesmo órgão, recuou, pelo segundo mês consecutivo, o que também é positivo. Ambos os indicadores sugerem recuperação à frente, puxado pelo otimismo com a situação dos negócios da indústria, segundo o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da instituição. “O comportamento dos índices sugere que a consolidação de um cenário de maior atividade econômica poderá ser convertido em melhora do mercado do trabalho nos próximos meses”, disse ele, no Rio.

Retomada
Pesquisa realizada pelo Datafolha em julho detectou que o grau de confiança do brasileiro na economia havia atingido o melhor índice desde dezembro de 2014. De acordo com o IDC (Índice Datafolha de Confiança), a probabilidade do avanço da economia brasileira em 2016 passou de 78 pontos em fevereiro, para 112 em julho, e a esperança de que a economia vai melhorar passou de 14% em abril de 2015 para 38% em julho de 2016.

Otimismo
O brasileiro começa a dar sinais de que o pior já passou em relação à situação política e econômica do País, segundo revela pesquisa da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento). O levantamento, realizado com 1.000 pessoas em todo o País, mostrou que a fatia dos brasileiros que veem o futuro com pessimismo caiu no segundo trimestre deste ano em relação ao anterior e que se isso se deve à direção apontada para a economia após as últimas medidas econômicas.

Melhoria no cenário
Diretores principais (CEOs) de 50 empresas brasileiras entrevistados pela rede global KPMG apostam na retomada do crescimento do País e na melhoria dos resultados de suas organizações. O percentual de confiança é de 58% para os próximos 12 meses e de 76% para os próximos três anos. Dentre os fatores que levarão as empresas a esse desempenho, a grande aposta está no desenvolvimento de novos mercados, produtos, clientes e canais.

Retomada no emprego
Editorial da Folha da Região acena com “boas expectativas” nos próximos meses na região de Araçatuba com a previsão de novas oportunidades de emprego nos setores de comércio e serviços. “O cenário se mostra favorável a um reaquecimento na empregabilidade”, opina o jornal. Um dos fatores é a expansão do setor supermercadista na região, que é associado à busca por novos mercados por parte das empresas.

Investimento
Com investimento de R$ 260 milhões, a Agropalma inaugurou em Limeira uma unidade de produção de óleo e gorduras que atenderá indústrias dos ramos de alimentos, cosméticos e ração de animais. Segundo a Gazeta de Limeira, a maior refinaria de óleo de palma da América Latina projeta faturamento de R$ 700 milhões por ano na cidade. A expectativa de geração de impostos chega a R$ 150 milhões anuais. O quadro de trabalhadores é de 240 colaboradores, além de outros mil empregos indiretos. “A crise é passageira. Coragem e empreendedorismo são constantes”, afirmou o diretor executivo, Marcello Brito, na inauguração da fábrica.

Estabilidade
Presente ao evento, o vice-governador Márcio França (PSB), secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, disse que a estabilidade política, somada a outras características de São Paulo, como as rodovias, ensino universitário público e segurança institucional, favorecem os investimentos. Esta é a 47ª empresa de grande porte inaugurada neste ano no Estado, disse.

Investimento – 2
A holandesa Hendrix Genetics, uma das principais empresas de reprodução de aves de postura do mundo, está investindo cerca de US$ 15 milhões para ampliar e verticalizar as operações no Brasil. Sediada em Salto, na região de Sorocaba, a empresa só vendia as aves matrizes. Agora, estreia nas vendas de aves poedeiras.