Às vezes, os nós viram laços leves e eternos. Em outras, apertam e sufocam. E quando os nós da cabeça viram nós da garganta? Enfim, dá para escrever uma tese apenas sobre o significado destas três letrinhas juntas, porém a bailarina e coreógrafa Tatiana Melitello e o bailarino e ator Pablo Perosa optaram por criar um espetáculo de 45 minutos. Nó(s) será apresentado hoje, a partir das 20h, no Teatro Clara Nunes, em Diadema. A montagem, com entrada gratuita, faz parte do projeto Temporalidade, contemplado pelo ProAC (Programa de Ação Cultural) do governo de São Paulo.

“Fala sobre o nó de ligação, da conexão, do entrelaçamento, da proximidade, do afastamento. Também discute a ideia do nós, no plural. A gente foi brincando com a palavra e com a questão dos diferentes tempos da dança, dos movimentos”, explica Tatiana. O espetáculo foi dividido em três cenas, cada uma delas trabalha com um elemento distinto, como elástico, corda e projeções. “São dois corpos que percebem as coisas individualmente. Esta mistura, também de linguagens, está sendo bem prazerosa”, revela a bailarina.

A montagem – que também tem Marcelo Castilha, Elisa Damazio, Vinícius Andrade, Peti Costa, Vagner Rodrigues, Helena Bastos, Clara Rubim e Edson Kumasaka como colaboradores – começou a ser criada em novembro e circula por várias cidades desde julho. “O público acaba associando o conceito do Nó(s)> com os relacionamentos mesmo e isso é bem legal. Mas, para mim, o grande desafio não é encontrar maneira de desatar os nós e, sim, aprender a conviver da melhor forma possível, entender como cada um se vira com o seu próprio”, conclui.

>Nó(s) - Dança. Teatro Clara Nunes (Rua Graciosa, 300), em Diadema. Hoje, a partir das 20h. Grátis.