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Investigador acusado pela CPI deixa a cadeia
Do Diário do Grande ABC
20/12/1999 | 15:11
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O investigador Antonio Lázaro Constâncio, conhecido como "Lazinho", foi solto da Cadeia Pública de Americana no início da madrugada desta segunda-feira, após cumprir 30 dias de prisao temporária. O policial havia sido preso, em novembro, durante seu depoimento à CPI do Narcotráfico sob acusaçao de formaçao de quadrilha, corrupçao passiva e ativa, extorsao, prevaricaçao, e tráfico de drogas.

A CPI chegou a pedir a prorrogaçao da prisao, mas o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorsi, indeferiu a medida, alegando falta de provas.

Lazinho e seu filho, Jean Constâncio, que também é investigador, foram apontados pela principal testemunha da CPI, o motorista Jorge Méres, de participaçao no esquema de roubo de cargas e tráfico de drogas supostamente comandado pelo empresário Willian Sozza.

O policial nega as acusaçoes e, ao deixar a cadeia, teria dito que pretende processar a Uniao por calúnia, difamaçao e danos morais. Ele nao foi localizado nesta segunda-feira para confirmar a informaçao.

Lazinho foi o último dos quatro policiais campineiros presos durante depoimento à CPI a ser liberado. Na madrugada de sábado, o delegado Ricardo de Lima também foi solto após cumprir 30 dias de prisao temporária. Antes deles, os investigadores Regis Xavier e Jean Cosntâncio, chegaram a ser presos por desacato aos deputados da CPI, mas pagaram fiança de R$ 120,00 e foram liberados no mesmo dia.

O comerciante Alcides Capelatto, de Valinhos, que também foi preso em novembro, após prestar depoimento à CPI, deixou a cadeia depois de cumprir cinco dias de prisao temporária. Ele é acusado de receptar carretas roubadas pela quadrilha supostamente liderada por Sozza. A Secretaria de Segurança Pública ainda nao afastou nenhum dos 22 policiais suspeitos de envolvimento com o crime organizado.

O advogado Arthur Eugênio Mathias é o único acusado que continua preso. Apontado como o "braço jurídico" da organizaçao investigada pela CPI em Campinas, ele obteve um Habeas Corpus do Tribunal de Justiça, mas foi preso em seguida, por decisao da Justiça de Igarapava, sob acusaçao de participar de roubo de cargas.

Mathias nega a acusaçao e diz que sua prisao foi forjada pelo Ministério Público. Ele está preso no 35 Batalhao da Polícia Militar, em Campinas.




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