Este "racismo institucional" às vezes "tem levado a sérias faltas nas investigaçoes sobre incidentes raciais", segundo os especialistas.
O comitê da ONU para a eliminaçao da discriminaçao racial, que terminou sua tarefa sexta-feira com a adoçao de observaçoes sobre vários países, destacou que os membros de minorias étnicas e nacionais presos no Reino Unido morrem durante as detençoes com mais freqüência do que os outros.
O relatório denuncia vários casos nos quais policiais e guardas de prisao nao foram julgados ou punidos disciplinarmente. Um recente estudo da Anistia Internacional tem insistido nas graves falhas do sistema policial e carcerário britânico. "Ademais, existe uma tensao crescente entre solicitantes de asilo e comunidades de acolhida, a qual tem levado a um aumento do assédio racial nesses bairros e ameaça também o bem-estar das comunidades étnicas minoritárias estabelecidas", assegurou.
Os especialistas da ONU assinalaram com preocupaçao o alto nível de desemprego registrado entre as minorias étnicas, as humilhaçoes sofridas pelas crianças nas escolas, e o fato de que os membros destas minorias continuem sendo excluídos de maneira desproporcional do sistema escolar.
A 14 de agosto, Sarah Marshall, diretora do departamento para a unidade racial do ministério britânico do interior, defendeu seu país, recordando que é uma terra de acolhida para os imigrantes. Um dos membros do comitê, Agha Shahi, destacou vários pontos fracos na lei contra a discriminaçao racial, que data de 1976. E perguntou se os ataques contra negros ou asiáticos nao estariam vinculados a organizaçoes racistas como o Partido Nacional Britânico ou o grupo Combate 18, organizaçoes que nao estao proibidas na Gra-Bretanha.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.