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Bens da antiga CBT vao a leilao
Do Diário do Grande ABC
31/01/2000 | 15:48
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A antiga Companhia Brasileira de Tratores (CBT), de Sao Carlos, fechada em 1994 com dívidas que remontam cerca de R$ 400 milhoes com bancos e financiadoras, terá seu patrimônio leiloado por determinaçao judicial entre os dias 9 e 10 de fevereiro. A partir de quarta-feira (2) até o dia 7 as máquinas, móveis e imóveis que serao leiloados estarao a mostra em Sao Carlos. O primeiro leilao acontece às 10 h no dia 9, com a venda de 211 lotes de máquinas por um valor mínimo total de R$ 100 milhoes, que será creditado ao BNDES. O antigo prédio-sede da empresa vai a leilao no dia seguinte às 9 h, juntamente com uma fazenda da CBT em Sao Carlos e uma casa no Guarujá.

O montante a ser pago pelos imóveis será entregue à Cooperativa de Ex-Funcionários da CBT, que representa 1.846 trabalhadores que nao receberam suas recisoes de contrato. No mesmo dia, às 10 h, será leiloada a massa falida da empresa, contendo 60 mil itens, a maior parte móveis e peças de escritório. O advogado da cooperativa dos trabalhadores, Jesus Martins, está entrando na Justiça para requerer que o valor arrecadado com a massa falida também seja entregue aos ex-funcionários, já que a parte que lhes foi determinada pela Justiça, se for levada pelo preço mínimo, receberá R$ 15 milhoes o que representa para cada funcionário um quarto do que lhe é devido pela empresa por conta da recisao, segundo os cálculos do advogado.

Ainda segundo Martins, a cooperativa está divulgando o leilao dos imóveis junto aos lotes do BNDES para tentar vender tudo para o mesmo comprador, na intençao de reativar a empresa. "Apesar de estarem sucateadas algumas máquinas, haveria condiçoes de recomeçar as atividades com certeza", comentou o advogado, completando que a cooperativa está até mesmo realizando uma pesquisa de mercado para se inteirar sobre as condiçoes que a CBT teria para voltar a atuar. A empresa chegou a receber nos últimos três anos pelo menos três propostas de compra, que foram inviabilizadas porque os interessados precisavam de crédito junto ao BNDES para efetuar o pagamento, que tiveram ofertas entre R$ 15 milhoes e R$ 25 milhoes.




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