Política Titulo Escolaridade
Dario afirma ter sofrido passa-moleque do Estado

Segundo o vereador, governo não cumpriu sua parte no
acordo que visava construção de escola no Jd. Paranavaí

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
21/02/2012 | 07:04
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Denis Maciel/DGABC


O vereador de Mauá Dario Duarte Coelho (PT) afirma ter sofrido um "passa-moleque" (rasteira) do governo do Estado nas tratativas para que o Palácio dos Bandeirantes cumprisse a sua parte da parceria firmada com a Prefeitura em 2005 e construísse escola de Ensino Fundamental no Jardim Paranavaí. Há sete anos, por meio da Lei Municipal 3.824, a administração, então comandada por Diniz Lopes (PR), doou área de 4.548 metros quadrados, localizada na Rua Andirá. O Estado, no entanto, não viabilizou a contrapartida (erguer a unidade).

A norma estabelece prazo de dois anos para que a contrapartida fosse iniciada, o que expirou em 2007. Diante do cenário, o prefeito Oswaldo Dias (PT) encaminhou projeto à Câmara no ano passado pedindo a revogação da lei para dar outra destinação ao local. O chefe do Executivo se baseou em contatos com a Secretaria estadual da Educação, que não mostrou interesse na manutenção do convênio.

Em nota, a Pasta esclareceu que a "Prefeitura foi informada de que o terreno não apresenta condições para receber construção escolar, conforme atestaram, em 2005, engenheiros da FDE (Fundação para Desenvolvimento da Educação)". Concluiu que solicitou ao Paço a substituição por área de fácil acesso, sem declividade, com dimensões próprias para implantação de escola. A secretaria não comentou a tentativa de retomada do processo.

Morador do Jardim Paranavaí, Dario vem impedindo a revogação da lei municipal desde agosto, quando o pedido chegou ao Legislativo. Paralelamente, iniciou diálogo com o Palácio dos Bandeirantes, que, em setembro, prometeu reavaliar a área, classificada preliminarmente como não edificante, e, como medida paliativa, oferecer transporte escolar a cerca de 1.300 crianças da localidade que caminham até três quilômetros para entrar numa sala de aula.

"Mas, até agora, nem uma coisa nem outra. Não me disseram nem que sim nem que não. O Estado me deu um passa-moleque", considera o parlamentar, que alega não conseguir mais contato no governo Geraldo Alckmin (PSDB). "Houve reestruturação de pessoal. Então mandei relatório da reunião (de setembro). E mesmo assim não retornaram."

 

FIM DO MANDATO

Diante do imbróglio, Dario deixará a Câmara sem conseguir concretizar sua principal bandeira. Ele se despedirá da Casa em março, exatamente um ano após assumir o mandato, com o retorno do titular da cadeira, o Secretário de Finanças, Paulo Suares (PT), que terá de se desincompatibilizar do cargo para disputar a reeleição.

Há duas semanas, ele pediu pela quinta vez o adiamento da votação da revogação da Lei 3.824. A matéria está prevista para retornar à pauta no dia 13. Por não conseguir a construção da escola, a definição sobre seu período de atuação na Câmara deixa a desejar. "Saio um pouco frustrado."




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