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Situação de Pinheiro é incógnita
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
11/10/2011 | 07:55
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A peça que movimentou o tabuleiro político de São Caetano nas últimas semanas continua com um ponto de interrogação. Segundo o Filiaweb, sistema de filiações partidárias via internet, do Tribunal Superior Eleitoral, até ontem o vereador Paulo Pinheiro ainda não havia sido oficializado como integrante do PMDB. Por outro lado, a assessoria do parlamentar garante que a inscrição feita dia 30 é válida, pois foi abonada pelo maior cacique da legenda, o vice-presidente da República, Michel Temer.

Ontem à tarde, o nome Paulo Nunes Pinheiro constava sem qualquer vínculo partidário. Mas essa situação ocorre também com outros nomes tradicionais no meio político. Isso porque os cadastros dos políticos que trocaram de agremiação até sexta-feira - data limite para que as alterações valham para a eleição do ano que vem - pode ser feito até o dia 14, pelos próprios partidos, diretamente na página virtual do TSE. E somente depois disso será publicada listagem completa e atualizada dos filiados de cada sigla.

No site do Tribunal Superior Eleitoral, há informação de que, conforme provimento 07//2011, a publicação, na internet, das relações oficiais de filiados ocorrerá no dia 19. Assim, qualquer informação nesse momento é precipitada, mas o bastidor sobre o caso está movimentado.

Pela trincheira de Pinheiro, classificado como oposição pelo grupo petebista que comanda a cidades há 30 anos, há um misto de tranquilidade, por acreditar que a inscrição no PMDB para concorrer ao Paço está oficializada, e apreensão porque a situação só será definitivamente esclarecida em duas semanas.

Na avaliação de pessoas próximas ao vereador, que se desgarrou do bloco governista para alçar voo solo ao Palácio da Cerâmica, na pior das hipóteses, ele enfrentará resistência interna no PMDB para ser o candidato. E tem grandes chances de vencer a batalha na convenção do ano que vem, já que boa parte dos peemedebistas deixou o partido a partir de abril, quando a executiva municipal foi dissolvida pela estadual para o ex-vereador Ângelo Pavin assumir a legenda e promover mudanças de rumo.

Porém, recentemente a direção destituída ganhou na Justiça o direito de retomar o partido. E afirma que Paulo Pinheiro não está filiado, pois sua ficha não fora avalizada pelo grupo. Mas o pré-candidato a prefeito se ampara na alínea ‘b' do artigo 5º do estatuto do PMDB, o qual versa: "O pedido de filiação, do qual constará o compromisso expresso de cumprimento do programa, do estatuto e do código de ética do partido, será feito, quando houver, perante a comissão executiva municipal ou zonal correspondente ao domicílio eleitoral do filiando, observando-se o seguinte: b) o pedido será abonado por filiado no mesmo diretório, por senador, deputado federal ou estadual do partido, eleito pelo respectivo Estado, ou ainda por integrante do diretório estadual ou nacional." Foi Michel Temer que abonou a ficha de Paulo Pinheiro.

Pelos lados da base governista, que tem como líder o prefeito José Auricchio Júnior (PTB), o clima é de ansiedade. Primeiro, para angariar o maior número de adeptos ao grupo. Segundo, para minar as possibilidades de Pinheiro se viabilizar pelo PMDB, iniciativa que tem sido por meio de processo judicial.




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