O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter a indicação do técnico Tércio Ivan de Barros para a presidência da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), apesar da resistência à escolha por parte da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na segunda-feira, Dilma conseguiu adiar a posse de Tércio, marcada inicialmente para esta terça-feira. Ela alega que há na Polícia Federal um inquérito que apura supostas irregularidadades cometidas por Tércio, quando era superintendente do Aeroporto de Guarulhos, em 2002.

Com o impasse, a posse do substituto de Carlos Wilson, que sai para se candidatar a uma vaga de deputado federal pelo PT, no ano que vem, ficou para a segunda quinzena de agosto. Carlos Wilson saiu de férias nesta quarta-feira e só voltará depois do dia 7. O presidente Lula lhe disse que pretende dar posse a toda a diretoria da Infraero, sem cerimônias picadinhas. Trata-se de uma desculpa até que o impasse seja resolvido.

O nome de Tércio é defendido pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, e pelo amigo deste, Celso Cipriani, ligado à falida Transbrasil. Há informação no Palácio do Planalto de que o ministro da Coordenação Política, Jaques Wagner, também defende a indicação de Tércio. Mas Wagner nega. Diz que nem o conhece.