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Padre Pinto faz acusações a Igreja Católica
08/02/2006 | 23:38
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O polêmico padre José Pinto fez quarta-feira acusações graves contra a Igreja, que o destituiu da sua paróquia da Lapinha, no centro histórico de Salvador, e tenta transferi-lo para Roma. Ele disse, entre outras coisas, que foi drogado durante a Festa da Lapinha, quando dançou fantasiado de Orixá e proibido de dar entrevistas pelo cardeal-arcebispo dom Geraldo Majella Agnelo. "Mandaram (a Arquidiocese) um médico que me deu remédio para epilepsia e loucura. Por isso num determinado momento quase não me agüentava em pé."

O padre também Acusou a Igreja Católica de ser uma instituição de "aparências", que esconde muita coisa suja "por baixo do pano" e o obrigou a mentir diversas vezes. Ele se recusa a deixar a Casa Paroquial da Lapinha, apesar de a Congregação Sociedade das Divinas Vocações que a administra ter dado um prazo de três dias para ele desocupar o imóvel. "Eu camuflei durante muito tempo, como a Igreja gosta. Ela vive muito exatamente a hipocrisia, sabe quanta coisa tem por baixo do pano e os bispos sabem porque eu sei, trabalhei com eles durante sete anos, os padres sabem, mas é bonito para se colocar por debaixo do pano."

Ele também afirmou que vai esperar a chegada a Salvador, dia 21, do provincial da congregação, o padre italiano Ludovico Caputto, para discutir sua situação. Ninguém da Arquidiocese quis comentar as acusações.

Quando questionado sobre o que fará no Carnaval, depois de ter tido uma participação polêmica no Festival de Verão de Salvador (quando tomou cerveja, participou do júri de um concurso e beijou Caetano Veloso na boca) padre Pinto respodeu: "Tinha reservado hotel para sair de Salvador, mas de repente eu estou achando que não devo me dar esse presente que não gosto. Gosto muito do Carnaval, então sempre vou à saída do (bloco afro) Ilê-Ayiê e não iria este ano, mas agora acho que vou, também vou ao camarote da Daniela Mercury com toda a (polêmica da) camisinha."

Quanto a possibilidade de ser excomungado da Igreja, o padre disse que não fez nada. "Para que eu seja excomungado é preciso que a minha consciência me diga que eu esteja excomungado, eu não fiz nada: não estuprei ninguém, não pratiquei pedofilia, não tenho os maridos dentro das casas como alguém tem ou alguns têm, não roubei como alguns roubaram, não furei as contas da diocese como alguns fizeram. Agora sou santo? Não, sou o diabo, sou pecador, sou limitado, sou "fragilérrimo", sou uma pessoa humana." 



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