O assaltante Marcelo Melo Gonçalves, participante confesso no estupro e assassinato da fonoaudióloga Márcia Maria Lopes Coelho Lira, foi encontrado na manhã desta segunda-feira enforcado por um fio de ventilador na sala da Polinter em que estava preso desde sábado. A polícia e o governador do Rio, Anthony Garotinho, acreditam que o bandido cometeu suicídio.

Gonçalves teve de ser isolado em uma sala anteriormente destinada a visitas por ter sido agredido e ameaçado de morte pelos colegas de cela, na sexta-feira. Ele teria comentado com policias que sua vida teria perdido o sentido por ter sido denunciado pela mulher e atacado por colegas de cela. Antes de ser preso, o bandido já havia sido agredido por vizinhos, na Vila Kenedy, Rio.

Por volta das 7h desta segunda, durante a primeira ronda de rotina, o acusado estava vivo. No entanto, às 9h, quando os carcereiros foram levar o café da manhã, encontraram o criminoso enforcado com o fio de um ventilador. Agonizando, Marcelo foi levado para o Hospital Souza Aguiar, mas chegou morto.

O diretor da Polinter, delegado Jader Machado Amaral, afirmou que Gonçalves tinha as mãos algemadas à frente do corpo, mas ainda contava com certa liberdade de movimentos. A sala adaptada como cela para o bandido tinha apenas um colchonete e um ventilador. O delegado informou que uma Verificação Preliminar de Investigação (VPI), procedimento que precede ao inquérito, foi aberta para apurar a morte. Mas deu como certo suicídio.

Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, o governador Anthony Garotinho afirmou que foi informado pelo chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, sobre as intenções suicidas de Gonçalves. Garotinho disse também ter informações de que o bandido estaria drogado na quinta-feira, quando estuprou e matou a fonoaudióloga e feriu e também violentou a filha dela, A., 13 anos.

A investigação sobre o suposto suicídio de Gonçalves deve ser concluída em aproximadamente 10 dias.

Outro acusado pelo crime, o pedreiro Alan Marques Costa, foi preso nesta segunda e apresentado à imprensa. Um terceiro membro suspeito de ter participado da quadrilha continua foragido.