Um eletrodo é implantado no cérebro e ligado a um gerador implantado no tórax, perto da clavícula. O marcapasso é regulado por computador. O fato de ser regulável, segundo o médico, é uma das vantagens da técnica. A outra é a reversibilidade. Até entao a cirurgia feita em pacientes de Parkinson provocava coagulaçao em um ponto do cérebro. O problema é que era um processo irreversível e em caso de erro poderia provocar paralisia.
O neurocirurgiao explica que ainda nao há cura para o mal, identificado há 183 anos. A doença continua sua evoluçao, mas após a cirurgia o paciente tem grande melhora na qualidade de vida e ganha uma sobrevida. "Este último ano foi insuportável, há seis meses eu nao andava", conta Terezinha de Modesti, com mal de Parkinson há 10 anos. Ainda internada, ela conta que sofria muito com tremores e os membros travavam quando tentava fazer movimentos. "Já nao sinto nada disso", afirma.
O mal de Parkinson, uma doença degenerativa no sistema nervoso, atinge uma em cada grupo de 400 pessoas. A incidência da doença aumenta acima dos 50 anos - um caso em cada cem pessoas. Meneses, chefe da cadeira de Neuroanatomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que o mal de Parkinson em si nao mata. Mas a invalidez do paciente acaba por provocar quedas ou infecçoes fatais.
Personalidades como o ator brasileiro Paulo José e o internacional Michael J. Fox também sofrem da doença.
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