O chefe do gabinete político do movimento radical palestino Hamas, Khaled Mechaal, declarou nesta terça-feira que sua organização decidirá sobre uma eventual negociação com Israel quando este "reconhecer os direitos" dos palestinos e se retirar dos territórios ocupados.
"O governo israelense se baseia em atos unilaterais para garantir os interesses de segurança de Israel, sem levar em consideração os interesses dos palestinos; em conseqüência, negociar com Israel sobre esta base é uma perda de tempo", disse Mechaal em uma entrevista coletiva em Teerã, capital do Irã.
"Primeiro, Israel deve reconhecer nossos direitos e aceitar retirar-se dos territórios palestinos. Depois tomaremos uma decisão sobre negociações", acrescentou.
O líder político do Hamas, movimento que venceu as eleições legislativas palestinas de 25 de janeiros, chegou no domingo a Teerã para mais uma etapa de uma viagem por vários países da região.
Mechaal minimizou o impacto produzido pela decisão israelense de congelar o repasse do dinheiro que deve à Autoridade Palestina, mas considerou a medida "injusta".
"Podemos compensá-la com o apoio do mundo árabe e islâmico", disse.
Na segunda-feira, ao receber Mechaal, o guia supremo iraniano Ali Khamenei propôs que os muçulmanos de todo o mundo participassem de um fundo de ajuda aos palestinos.
O Irã é um dos países que mais apóiam o Hamas, mas garante que o respaldo ao movimento é apenas moral e não financeiro.
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