O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pediu nesta quinta-feira ao Líbano a realização de eleições livres e justas, sem interferência estrangeira.

Os membros do Conselho "pedem a realização de eleições presidenciais livres e justas de acordo com as normas constitucionais libanesas e prazos, e sem nenhuma interferência estrangeira", declarou o chanceler francês Bernard Kouchner, cujo país ocupa a presidência temporária do Conselho.

A sessão do Parlamento libanês para designar o substituto do presidente pró-sírio Emile Lahoud estava prevista para terça-feira e foi adiada para 23 de outubro, a fim de permitir que maioria e oposição entrem em acordo antes do fim do prazo constitucional em dois meses.

O Parlamento libanês não se reúne desde novembro, quando foi anunciada a demissão coletiva dos ministros da oposição, apoiada por Síria e Irã, provocando uma grave crise política.

Kouchner disse que falava na qualidade de chanceler e não como presidente do Conselho de Segurança, afirmando que seu país deseja apoiar todas as comunidades libanesas. "Acima de tudo desejamos que esta eleição se desenvolva conforme a Constituição e os acordos de Taëf", que em 1990 encerraram a guerra civil do Líbano.

Kouchner também expressou seu pesar pelo assassinato em Bagdá (Iraque), na semana passada, do deputado cristão Antoine Ghanem, em um atentado com carro-bomba, a oitava morte de uma personalidade anti-Síria desde o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri. Ghanem é o quarto deputado anti-sírio assassinado desde as eleições de 2005.