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Sindicatos e empresas fecham acordo para reduçao de jornada
Do Diário do Grande ABC
02/06/2000 | 19:03
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A Força Sindical fechou nesta sexta-feira o primeiro acordo de reduçao de jornada de trabalho, depois da deflagraçao, há três semanas, da campanha por carga máxima de 40 horas semanais, e nao 44 horas como prevê a Constituiçao. Os 500 metalúrgicos da Brazaço Mapri Textron, em Sao Paulo, passarao a trabalhar 40 horas no segundo semestre: em agosto haverá reduçao de duas horas e em outubro de mais duas. O acordo prevê que a mudança se dará sem qualquer reduçao salarial, segundo informou o secretário geral da Força Sindical, Joao Carlos Gonçalves, o Juruna, que liderou assembléia dos trabalhadores na portaria da empresa no início da tarde.

O sindicalista espera a partir de agora uma temporada de acordos. A MWM, com 1.200 empregados, e a Rolamentos Fag, com1.300, por exemplo, abriram negociaçao com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sao Paulo, de acordo com Juruna. No campo da Central Unica dos Trabalhadores (CUT) há negociaçao iniciada com a Magneti Marelli, instalada em Campinas.

Esta sexta-feira foi mais um dia de paralisaçoes-relâmpago em empresas da base da Força Sindical, metalúrgicas e da construçao civil. E também de coleta de assinaturas para a emenda constitucional de iniciativa popular, que prevê a reduçao de jornada para todos os trabalhadores. O Sindicato dos Comérciários de Sao Paulo distribuiu no Shopping Iguatemi cópias do formulário do abaixo-assinado para que os empregados coletem assinaturas de amigos e familiares. Os formulários com as adesoes serao recolhidos amanha. O vice-presidente da entidade, Ricardo Patah, disse que a categoria vai paralisar um shopping center este mês da cidade, em defesa da reduçao da jornada. O nome do shopping está sendo mantido em segredo.

Autopeças - Os metalúrgicos da CUT fizeram também nesta sexta manifestaçao em frente da sede do Sindicato Nacional da Indústria de Autopeças (Sindipeças) pela reduçao de jornada. Cerca de 300 trabalhadores do ABC, Campinas, Sao José dos Campos, Taubaté, Sorocaba, Matao e outras cidades do Estado lotaram ônibus para participar do protesto em Sao Paulo. O presidente da Confederaçao Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Heiguiberto Navarro, entregou a pauta de reivindicaçoes ao secretário-geral do Sindipeças, Willian Mufarej.

A CUT defende limite de 36 horas semanais de trabalho e para divulgar isso marcou para quarta-feira manifestaçao na Avenida Paulista, diante do prédio da Federaçao das Indústrias do Estado de Sao Paulo (Fiesp).

Um grupo de 36 metalúrgicos ficará no local 36 horas. Além disso, a CUT promete paralisar uma empresa por dia no Estado de Sao Paulo, a partir de terça-feira, para que o setor abra negociaçoes sobre a reduçao de jornada.




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