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Diadema já cogita romper contrato com SP Alimentação
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
07/03/2009 | 07:00
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A Prefeitura de Diadema admitiu na sexta-feira que pode rescindir o contrato com a SP Alimentação, empresa que terceiriza o serviço de refeição dos servidores públicos e dos alunos da rede municipal de ensino. "Caso a empresa não esteja cumprindo as cláusulas contratuais, isso pode sim ocorrer", disse o secretário de Gestão de Pessoas, João Garavelo.

A afirmação surge um dia depois de o Diário ter noticiado a insatisfação dos servidores públicos com a qualidade da comida fornecida desde 2002 pela empresa paulista, alvo de investigação recente por parte do Ministério Público Estadual - inclusive da Comarca de Diadema.

Garavelo disse que a fiscalização mais acirrada por parte da administração municipal só se dá agora, em decorrência das denúncias publicadas na imprensa nos últimos dias. "Os servidores nunca reclamaram de terem encontrado parafuso na comida", disse Garavelo.

Muito pelo contrário, de acordo com o secretário. "Uma pesquisa feita em janeiro pela empresa mostra a satisfação do servidor com a comida. A reclamação era por falta de opção, principalmente por parte das pessoas que sofrem de problemas de estômago", ressaltou o secretário.

A Prefeitura começou um diagnóstico para intensificar a qualidade da refeição. Entre as propostas, segundo Garavelo, estão a ampliação gradativa dos pontos de centralização da comida de sete para nove, além de ter uma pessoa responsável na área. "A proposta é para que a refeição chegue no horário e atinja o maior número de servidores com qualidade", disse.

CONTRATO - O último contrato foi firmado entre a Prefeitura e a SP Alimentação em setembro de 2007, que vencerá no mesmo mês deste ano.

A estimativa da Prefeitura é que 32.200 refeições sejam servidas no mês. Por funcionário, a administração paga R$ 6,37 à empresa. Já o servidor, conforme prevê a lei que terceirizou o serviço de alimentação municipal, paga por refeição de R$ 1,20 a R$ 3,74, dependendo da faixa salarial.

Durante coletiva de imprensa da nova secretária da Saúde, Aparecida Linhares Pimenta, ontem no Paço, o prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), foi questionado para que fizesse uma avaliação dos últimos acontecimentos envolvendo a SP Alimentação, inclusive a reclamação dos servidores com relação a qualidade da comida.

O prefeito limitou-se a dizer que "todo o processo licitatório não apresentou nenhum tipo de irregularidade". A SP Alimentação é investigada por possíveis casos de licitação combinada, superfaturamento e pagamento de propina.

Ainda de acordo com o prefeito, "a gestão tem de ser sobre a qualidade do serviço prestado".

Reali estuda descentralizar o acompanhamento do serviço terceirizado junto à Segurança Alimentar municipal.




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