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Marinho lista áreas de risco no Montanhão
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
08/01/2009 | 07:00
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O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), visitou ontem o bairro Montanhão pela primeira vez depois de tomar posse, e cogitou a possibilidade de remover as famílias que moram em área de risco iminente. Ele, porém, não informou quantas pessoas estariam nessa situação, como seria a transferência e qual destino daria a elas. Foram identificados pela administração 27 pontos problemáticos, onde estariam 8.000 famílias.

"Por enquanto fazemos uma espécie de arrastão na cidade para localizar as áreas de risco e tomar providências para evitar os desastres", resumiu Marinho.

Para chegar aos locais de risco não foram feitos estudos técnicos. O prefeito Luiz Marinho disse que foi orientado pela Defesa Civil a trabalhar com a intervenção preventiva como a limpeza das áreas e plantio de espécies (o bambu seria uma delas) que ajudem a criar resistência no solo. "Plantações já existentes como as de milho e banana são perigosas, porque movimentam a terra", explicou.

A aposentada Josefa Maria da Conceição, 65 anos, mora no final da Rua Anita Garibaldi, no Montanhão, há cinco anos, e está em uma das áreas consideradas de risco. Ela conta que há quatro anos parte da casa deslizou por causa de uma chuva. "Tenho medo de que aconteça novamente, mas meus filhos todos moram na favela. Com a idade que estou quero ficar perto deles, não posso sair daqui. Por isso, quando chove eu rezo para não acontecer nada."

Luiz Marinho também diz apelar à fé para evitar catástrofes na cidade. Perguntado sobre qual seria a situação atual de São Bernardo se uma forte chuva atingisse a cidade, ele respondeu que "reza bastante" para que isso não ocorra. Em seguida, o secretário Executivo da Defesa Civil, Marcos Cayres, que também participou da vistoria explicou que equipes estão mobilizadas para atuar no caso de chuvas.

O secretário de Serviços Urbanos, José Cloves da Silva, que também esteve no Montanhão, classificou a situação do bairro como ruim. "Muitas casas estão sem sustentação e podem se soltar. Agora nosso trabalho é mapear para planejar as ações e evitar solicitações à Defesa Civil. Esta visita faz parte do plano de intervenção preventiva", diz o secretário.

O prefeito informou que a regularização fundiária e investimentos na infraestrutura do bairro serão planejados de acordo com as possibilidades orçamentárias da cidade.




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