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Pobres recolhem mais impostos, afirma Ipea
Do Diário do Grande ABC
29/09/2000 | 21:43
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A incidência de impostos sobre os alimentos e produtos agropecuários acentua a miséria nas regioes Norte e Nordeste do país. Estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que nos Estados que compoem essas regioes, onde 50% da populaçao está abaixo da linha da pobreza, os tributos indiretos têm maior impacto no sistema distributivo de renda.

Enquanto nas localidades mais pobres da federaçao a base de arrecadaçao se concentra em gêneros alimentícios, no Sul e Sudeste - onde há concentraçao de indústrias - os tributos incidem sobre produtos de maior valor agregado. A carga tributária sobre a comida em Sergipe, por exemplo, atinge 20,48% contra 7% em Sao Paulo.

A renda média mensal das famílias mais ricas fica em R$ 1.853 e é 37 vezes maior do que a das mais pobres (R$ 50). E, ainda assim, os ricos acabam pagando apenas seis vezes mais impostos do que os pobres. Isso porque os impostos indiretos, como Imposto sobre Circulaçao de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integraçao Social (PIS) e a Contribuiçao para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) acabam contribuindo para essa diferença. Esses tributos sao repassados para os preços dos produtos que sao comprados por toda a populaçao.

Na classe de impostos diretos, a classe média é a que mais contribui com o imposto de renda, pois o tributo é retido diretamente na fonte.




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