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Gerenciador de riscos para investidores chega ao País
Vinicius Gorczeski
Do Diário do Grande ABC
19/02/2012 | 07:07
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Por conta da crise internacional, que aumenta a variação de ativos negociados na Bolsa de Valores, a multinacional brasileira CMA, em parceria com a Serfiex, companhia espanhola em soluções para gerenciamento de risco, desenvolveram ferramenta que auxilia o investidor. Ambas aplicaram R$ 53 milhões na elaboração da linha de programas.

Especializada em cálculos, a Serfiex transferiu para a CMA a mesma tecnologia usada nas plataformas de risco dos hedge funds globais, característicos por terem mais risco e serem administrados mais ativamente, buscando mais ganhos.

No aplicativo, o cliente consegue gerir os riscos das carteiras de que participa em tempo real. O sistema, segundo o diretor de produtos e mercados da CMA, Raphael Juan, é integrado à plataforma de negociação em Bolsas. Assim, é possível acompanhar em gráficos a evolução das aplicações e também direcionar as ações do investidor com base em dados que mostram onde não deixar dinheiro. “Os gestores de carteiras poderão conhecer quais os riscos de suas aplicações, sejam elas em renda variável ou fixa. Isso traz maior segurança para gestores e bancos, ajudando a proteger o sistema financeiro do País”, diz Juan. A empresa cobra R$ 150 mensais para clientes interessados em adquirir o programa de computador.

Existem vários sistemas semelhantes no mercado. E segundo o professor de Análise de Investimento da FIA (Fundação Instituto de Administração), Bolívar Godinho, muitos desses softwares já são usados por grandes bancos e fundos de aplicações financeiras, além de serem populares entre investidores de mercados internacionais.

CAUTELA - Godinho alerta que, apesar de o recurso oferecer garantias que permitem manobrar os valores aplicados com mais segurança, é necessário que o interessado tenha em mente dois aspectos antes de considerar o software. O primeiro é que não basta o cliente confiar na ferramenta sem ter conhecimento sobre o mercado de ações. O segundo é avaliar o custo-benefício. “Se considerar R$ 150 por mês e ter uma carteira de investimentos no valor de R$ 20 mil, é o mesmo que pagar 0,75% mensal para dispor da ferramenta. O custo é alto.” O percentual gasto, no exemplo, é maior do que os rendimentos mensais da caderneta de poupança, de 0,6%.

Godinho sustenta que a vantagem aumenta se os valores forem maiores, caso das aplicações em fundos de investimento. Considerando que os valores cobrados pelos gerenciadores giram em até 3% anuais, combinando a assinatura mensal do aplicativo, o resultado é débito de 0,25% mensal. O professor calcula que usar ferramenta do tipo é vantajoso nos fundos com valores a partir de R$ 60 mil, permitindo colher lucros mesmo desembolsando pela ferramenta.

 




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