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Cleson anuncia saída do PT e fragiliza partido
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
12/07/2011 | 07:23
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Ari Paleta/DGABC


O PT de Rio Grande da Serra vive clima de debandada. O partido vai sofrer duas baixas importantes nos seus quadros num curto espaço de tempo. Depois do ex-prefeito Ramon Velásquez confirmar que mantém conversas avançadas com o PCdoB nacional e estuda abandonar a legenda, agora foi a vez do vereador Cleson Alves de Souza (PT) anunciar que deve deixar a sigla até setembro. As perdas são provenientes de racha no diretório municipal, que teve início no começo do ano, quando o vereador Cláudio Manoel Melo, o Claudinho da Geladeira (PT), se lançou pré-candidato.

Cleson recebeu convites de PTB, PV e PPS - todos do grupo de sustentação ao atual prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB). O PMDB também fez sondagem. As conversas tiveram início em maio, quando Cléson encontrou com Gabriel Maranhão, candidato governista ao Paço. O parlamentar Edvaldo Guerra (PV) foi quem articulou a reunião. Após isso, quem tem comandado as investidas é Carlos Eduardo Silva, o Carlinhos, secretário de Saúde.

O petista afirmou que ainda não decidiu para qual legenda irá se transferir. Nos bastidores, circula informação de que o PV é favorito. "Vou esperar o momento oportuno para declarar alguma coisa. Onde tiver mais chance de reeleição, eu vou", declarou. O parlamentar é ligado ao grupo de Carlos Augusto César, o Cafu, que tem criticado publicamente a postura do diretório municipal e estuda lançar outro nome para forçar prévias.

Caso mude de ideia e fique no PT, Cleson será o principal nome na chapa. Porém, não é de hoje que o parlamentar reclama de falta de espaço dentro do partido. Vereador de segundo mandato, ele teve 480 votos na última eleição. Mas o principal trunfo do petista é o bom trânsito junto ao presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão.

Também dissidente, Velásquez lamentou a saída do colega. "É ruim para os dois lados. A direção municipal precisa de capacidade de colocá-lo numa posição de destaque na campanha. Para Cleson, compromete a reeleição dele", analisou. Para o ex-prefeito, a crise ocorre porque "falta humildade no diretório". "Todo mundo (me) valoriza, menos os petistas de Rio Grande da Serra."

 

TUDO CERTO

Apesar do cenário que se desenha, o presidente do PT em Rio Grande da Serra, Benedito Araújo, ressaltou que o partido vive bom momento. "Estamos muito bem na cidade. Fazendo as discussões políticas necessárias", ressaltou.

Claudinho não comentou a saída dos colegas. Ao ser questionado sobre enfraquecimento do partido, o petista foi enfático. "O PT é forte. Temos várias pessoas nos apoiando. Nossa campanha cresce cada dia mais", declarou.




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