O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse nesta quarta-feira que as denúncias contra o ex-governador de Minas Gerais, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), são graves e podem inclusive fazer com que ele perca o seu mandato parlamentar.

Azeredo é acusado de liderar o escândalo que ficou conhecido como ‘Mensalão mineiro’ durante sua campanha à reeleição do governo de Minas Gerais em 1998. O esquema, assim como o ‘Mensalão’ que abalou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, recebia dinheiro ‘sujo’ das empresas de Marcos Valério, por meio do chamado ‘Valerioduto’.

Além disso, o tucano é acusado de ter recebido na ocasião um empréstimo de R$ 511 mil de Walfrido dos Mares Guia, hoje ministro das Relações Institucionais. O dinheiro teria sido usado em 2002 para quitar a dívida que Azeredo tinha com o coordenador financeiro de sua campanha em 1998. A despesa não foi lançada na prestação de contas da campanha, o que poderia caracterizar ‘Caixa 2’.

As denúncias estão sendo analisadas pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que em breve encaminhará seu parecer sobre o caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), que pode ou não decidir abrir um inquérito criminal contra os acusados.

Já no âmbito político, para que um processo seja instalado contra Eduardo Azeredo no Conselho de Ética é necessário que algum partido político apresente uma representação contra ele na Mesa Diretora da Casa.