História sem fim. Os Ramalhonautas resgataram domingo uma das conquistas mais importantes do Santo André: o Jubileu de Prata relativo ao acesso ao grupo de elite do Campeonato Paulista na temporada de 1981. A torcida virtual aproveitou a concorrida cerimônia para homenagear os campeões da época e lançar o livro 1975 – A Saga. A obra é um relato da trajetória do primeiro título do time na Segunda Divisão, mas, naqueles tempos, ninguém subia. Mais tarde, porém, a equipe conseguiu colocar os pés no pódio.

A comemoração dos 25 anos reuniu, no Clube de Campo, quase todos os personagens que derrubaram o XV de Piracicaba nos 3 a 1 cravados numa noite inesquecível do lotadíssimo Palestra Itália. Entre eles, o técnico Sebastião Lapolla, o assistente Aurélio Bastos, o diretor de futebol Henrique Sapeca, o goleiro Carmino, Lance, Rubão, Bona, Cidão, Mazolinha, Fernandinho, Valência, Tulica, Piorra, Dicá, além dos massagistas Escru e Miguel de Oliveira. Fernandinho e Valência participaram das campanhas de 75 e 81. Faleceram Milton, Freitas, Rubens, Tutu, Zé Carlos e Agnaldo. Pensaram que Soni havia morrido, mas conseguiram localizá-lo no Rio Grande do Sul. Só que ele não pôde comparecer, a exemplo de Tonho, Paulo Borges, Radar, Dodô, Da Silva, Viana e Babá – que não foram localizados. O presidente Jairo Livolis reverenciou Breno Manoel Gonçalves, o comandante que o antecedeu. O vice de Futebol Celso Luiz de Almeida, que nesta segunda-feira passa a o cupar a cadeira de Livolis, distribuiu algumas comendas. O chefe da torcida Tuda, Ovídio Simpionato, recebeu uma das láureas.

Mazolinha, 47 anos, atualmente instrutor da base amadora do União Barbarense, igualmente roubou as melhores cenas. Afinal, ao receber uma das comendas, o ponta-direita não resistiu a uma confissão. “Não durmo há três noites”, confidenciou, ao se referir a tanta expectativa. Às vésperas da finalíssima, o talismã transferiu-se para o Fortaleza. “fui embora, mas o meu coração nunca saiu daqui”, jura.