A nicotina favorece a angiose, doença vascular nos capilares que irriga os tumores e faz com que eles cresçam, segundo estudo da equipe do médico Christopher Heeschen, da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia.
O relato da pesquisa sai na edição de julho da revista de divulgação científica Nature Medicine, do grupo Nature.
O estudo, realizado com implantes de tumores em cobaias, sugere que seja adotada uma maior prudência no tratamento prolongado com doses de nicotina.
A constante inalação de fumaça de cigarro por cobaias disparou nesses animais o mesmo tipo de angiose. Ao mesmo tempo, não causou câncer ou doença cardíaca em outros ratos saudáveis, comenta à revista o médico Rakesh Jain, da Universidade Harvard, de Boston.
Segundo ele, os adesivos de nicotina não aumentam o número de infartos entre os doentes cardíacos.
Para dar coerência às "observações discordantes", os autores do estudo adiantaram uma explicação "não demonstrada": a nicotina provocaria a angiose só no caso de situações patológicas já existentes.
A fumaça de cigarro contém 4 mil componentes químicos, entre eles a nicotina, responsável pela dependência do fumo.
A nicotina é utilizada de diversas formas (adesivos, goma de mascar, spray...) para ajudar as pessoas a deixar de fumar, em tratamentos de período limitado. Além disso, é objeto de estudos sobre o tratamento de patologias como a doença de Alzheimer, de Parkinson ou de transtornos do sono.
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