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'Dolls' é o 'mais pesado' dos filmes de Takeshi Kitano
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
03/07/2003 | 20:27
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O diretor japonês Takeshi Kitano revela uma clara tendência a expor a violência e a crueldade. Isso acontece principalmente em seus dois primeiros filmes, Violent Cop (1989) e Boiling Point (1990). Mas é justamente seu mais recente trabalho, Dolls (Japão, 2001), uma das atrações da 26ª Mostra BR de Cinema – Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ele considera o mais pesado. Isso de um título que, se traduzido para o português, chamaria-se “Bonecas”. “As histórias têm o mesmo tema, a paixão, e um fio vermelho, que simboliza a morte”, diz.

Dolls estréia nesta sexta no circuito. Seu visual é belíssimo, principalmente por causa dos figurinos luxuosos de Yohji Yamamoto. A fotografia de Katsumi Yanagishima não é menos cuidadosa. Roteiro, direção e montagem são assinadas por Kitano. O elenco traz Sawako Miho e Matsumoto Hidotoshi Nishijima.

O novo filme de Kitano, que brilhou com Hana-Bi, Fogos de Artifício (1997), pelo qual levou o Leão de Ouro de melhor diretor no Festival de Veneza, é dividido em três histórias, todas elas inspiradas pelas emoções que são representadas pelas bonecas do teatro bunraku. Duas delas são trágicas e uma dramática. Na primeira, um casal apaixonado planeja se casar, mas a idéia não é bem vista pelos anciãos-gurus. É um Romeu e Julieta em versão oriental.

Em outra trama, Hiro é um veterano chefe da máfia. Solitário, ele está mal de saúde. Trinta anos antes, ele trabalhava numa fábrica e tinha uma namorada, que o abandonou mais tarde. Ele decide retornar ao parque onde se conheceram.

Por último, Kitano mostra a jovem Haruna Yamaguchi, que passa seus dias olhando para o mar. Ex-estrela pop, ela agora tem o rosto coberto por ataduras. Tudo será explicado com o personagem Nukui, um fã obsessivo.




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