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Países emergentes concentrarão 60% do PIB mundial até 2030, diz OCDE
Da AFP
16/06/2010 | 09:14
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Em 2030, quase 60% do PIB (Produto Interno Bruto) do mundo estará concentrado nos países em desenvolvimento, como resultado de uma "transformação estrutural de importância histórica" na economia mundial, afirmou a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) em um relatório divulgado nesta quarta-feira.

Em 2000, os países que não integram a OCDE (atualmente formada por 34 países) representavam 40% da produção mundial, mas em 2030 concentrarão 57%, segundo o estudo, intitulado "Perspectivas sobre o desenvolvimento mundial 2010: riqueza em transformação".

O informe assinala que "o rápido crescimento das economias emergentes levou a uma reacomodação do poder econômico" e deu lugar a uma "nova geografia do crescimento mundial" e indica que "a crise financeira e econômica acelerou esta transformação estrutura da economia".

"As previsões sugerem que os países em desenvolvimento e os emergentes representarão quase 60% do PIB mundial em 2030", afirma a primeira edição deste informe anual.

Exemplo dessa "transformação estrutural" que foi acontecendo nos últimos 20 anos é o caso da China, enfatiza a OCDE, país que, em 2009, se converteu no principal sócio comercial do Brasil, Índia e África do Sul.

"O centro de gravidade econômico do planeta se deslocou para o Oriente e o Sul; de membros da OCDE a economias emergentes", afirma o documento, que classifica o fenômeno de "riqueza em transformação".

Para a OCDE, este realinhamento da economia mundial representa uma "mudança estrutural de importância histórica", que também supõe mudanças na hora de fixar a agenda internacional.

"A nova configuração do poder mundial econômico e político significa que os países prósperos já não podem fixar sozinhos as agendas", afirma a OCDE, para quem o "novo esquema de governabilidade mundial reflete as realidades econômicas em transformação".

O documento enfatiza que o papel do G20 (as principais potências industriais e emergentes) desde a explosão da crise "mostra como as potências convergentes se tornam protagonistas cada vez mais importantes na governabilidade mundial" e considera este fato como algo positivo.

Esta nova configuração também incide nas negociações internacionais, pois pode "incorporar espaço para novas coalizões estratégicas entre os países em desenvolvimento".

Segundo o secretário geral da OCDE, o mexicano Angel Gurría, este fenômeno de "riqueza em transformação" deveria ser visto como "uma oportunidade para que a economia mundial passe para uma velocidade superior".




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