Kapaz pediu apoio à sua candidatura ao presidenciável Ciro Gomes e também "desculpou" o filósofo Roberto Mangabeira Unger pelos métodos utilizados para tentar lançar seu nome, dentro da legenda, à prefeitura paulista. Ambos nao participaram da convençao.
"Os meios utilizados pelo professor Mangabeira para concorrer às eleiçoes podem ser discutíveis, mas ele, assim como eu, quer mesmo é fortalecer o partido na capital", disse Kapaz, depois de receber o apoio de 24 dos 31 delegados regionais presentes ao encontro.
Mangabeira Unger foi acusado por dirigentes do PPS de ter filiado irregularmente parte dos 9 mil partidários que ingressaram à legenda nos últimos dois meses. Uma junta interventora apura as denúncias de fraude no diretório municipal.
O filósofo negou irregularidade na filiaçao em massa e acusou de "golpe" a decisao do partido em alterar o conceito de voto para a convençao do partido. O presidente nacional da legenda, senador Roberto Freire, determinou às executivas estadual e municipal que apenas os delegados regionais manifestassem seus votos no encontro ocorrido quinta-feira. Para Unger todos os 12 mil filiados deveriam participar do processo.
O presidente do diretório estadual do partido, deputado Arnaldo Jardim, acompanhou o discurso de Kapaz e saiu em defesa de uma estratégia única para fortalecer o PPS em Sao Paulo. "Nao vamos permitir divergências internas", disse.
As palavras de Jardim, na verdade, ecoaram como um aviso a Mangabeira Unger, que, ao desistir das eleiçoes, manifestou apoio à candidata petista Marta Suplicy. Ele e Ciro Gomes sao contrários à coligaçao do PPS ao PSB de Erundina. Mangabeira nao quis comentar a decisao de apoiar o PT na corrida às eleiçoes municipais.
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