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S.Bernardo é o 4º em exportações
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/05/2011 | 07:02
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São Bernardo se manteve na quarta colocação no ranking de exportações, no primeiro trimestre, elaborado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, para medir o desempenho no comércio exterior das 39 diretorias regionais da entidade.

O volume de exportações neste município somou US$ 1,04 bilhão, 25,1% mais do que em 2010. O valor alcançado só ficou abaixo do registrado na Capital, em São José dos Campos e em Santos.

A posição da cidade no ranking poderia ser ainda melhor, na opinião do diretor de comércio exterior do Ciesp, Ricardo Martins. Isso porque o levantamento, que toma como base números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, computa as exportações pelo critério do estabelecimento que faz a venda - que nem sempre é o produtor.

A liderança, entre os principais itens exportados pela Capital, é da fabricação e refino de açúcar (US$ 239 milhões), seguida por outros produtos de lavoura (US$ 141 milhões) e celulose (US$ 120 milhões). "Grandes trades (companhias comerciais exportadoras) estão em São Paulo e puxam os números para cima", explica.

Algo semelhante é verificado nos números de Santos, em que o destaque em encomendas a outros países também é o refino de açúcar (US$ 278 milhões).

Martins assinala que a cidade do Grande ABC, que tem como forte as vendas de produtos manufaturados (como automóveis, caminhões e chassis de ônibus), mostra recuperação nas encomendas, depois da crise financeira internacional, que desaqueceu a demanda no Exterior desde o fim de 2008. Isso apesar do impacto do efeito cambial (o real valorizado frente ao dólar).

Para o diretor de comércio exterior da regional do Ciesp de São Bernardo, José Rufino Filho, os números do município não espelham a realidade das pequenas e médias empresas, que enfrentam dificuldade para exportar. Ele considera que multinacionais (como as montadoras) têm a vantagem de poder fazer exportação intercompany (para outra filial do grupo em outro país) e se compensar do câmbio desvantajoso. "Continuamos fragilizados e nossos custos não param de subir", afirma.

NO ESTADO - O real valorizado é um dos fatores que explicam o saldo comercial negativo de US$ 5,3 bilhões no Estado de São Paulo no trimestre, destaca Martins. No Brasil, por causa das exportações de commodities (produtos básicos como minério, soja e petróleo), foi registrado superavit de US$ 3,2 bilhões no período.




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