Política Titulo Editorial
Clandestinidade perigosa
Do Diário do Grande ABC
08/08/2016 | 08:48
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Aline Pietri/DGABC


O transporte coletivo é obrigação do poder público, responsável por oferecê-lo com qualidade e segurança, mesmo quando passado para a iniciativa privada como concessão. O aperfeiçoamento tem de ser constante para atender a uma sociedade que evolui em quantidade e em nível de exigência. O deslocamento em massa garante os direitos individuais e contribui para o desenvolvimento econômico e social do País. Por isso, tem de ser prioridade. Mas em Mauá, por exemplo, a administração municipal não tem acompanhado essa demanda evolutiva, principalmente no quesito fiscalização.

Em 2006, este Diário trazia reportagem sobre transporte público clandestino pela região central da cidade. Já era um sinal amarelo de que algo estava errado. Era necessário, já naquele momento, tomar medidas para coibir o serviço ilegal que existia e inibir sua expansão. Mas o alerta foi ignorado. Hoje, uma década depois, o transporte clandestino já está presente também em bairros da periferia do município, como Zaíra, Itapeva, Itapark e Guapituba.

Agora, portanto, muito mais difícil combater essas viagens irregulares. Porém, da mesma forma que ocorreu há dez anos, o problema está colocado e é dever do Executivo municipal tomar atitudes para resolvê-lo. Afinal, são as vidas dos cidadãos que estão em jogo.
Em caso de acidente de trânsito, por exemplo, o usuário que utiliza o transporte público legal tem todo o amparo necessário se tiver algum tipo de ferimento ou intercorrência de saúde. Se porventura isso ocorre dentro de uma lotação ilegal, as condições de seguridade são comprometidas.

Sem falar na influência negativa que essas linhas irregulares exercem na economia popular. E, claro, na deslealdade da concorrência com o transporte legalizado, como os ônibus e táxis, que pagam seus impostos, seguindo as regras que regem o setor, contribuindo com a arrecadação municipal e com o desenvolvimento social. Como deve ser. O poder público, neste caso a Prefeitura, tem, portanto, de corrigir e combater essa perigosa atividade clandestina. 




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