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Mercado de celular será de 100 milhões
Guilherme Yoshida
Do Diário do Grande ABC
29/11/2006 | 22:28
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Os aparelhos celulares devem ser novamente as vedetes do comércio neste fim de ano. A expectativa é baseada principalmente na evolução deste mercado no Brasil, que deve atingir a marca de 100 milhões de usuários em 2006.

Segundo o estudo Perfil do Consumidor Brasileiro de Telefonia Celular, realizado pela operadora Vivo, o mercado evoluiu de 7 milhões de aparelhos em 1998 para 101 milhões estimados até o próximo mês. Isso representará o alcance de penetração de 54% na população brasileira, nível bem acima dos 4% registrados há oito anos.

“Esse crescimento foi subsidiado pelas próprias operadoras de telefonia móvel, que lançaram produtos abaixo do preço de mercado. Em nenhum momento houve algum incentivo fiscal ou ajuda do governo”, afirmou o presidente da Vivo, Roberto Lima.

A pesquisa mostra que o mercado brasileiro ainda apresenta um potencial de crescimento em receita e penetração, especialmente, na população de renda mais baixa. As classes C, D e E registraram um alcance de 45% dos usuários, índice bem inferior aos 80% notados nas faixas sociais A e B juntas. “Mesmo assim, os potenciais de consumo estão nas classes mais pobres. Precisamos desenvolver produtos a este público específico”, acredita Lima.

Ele conta que, na média, o índice de penetração de aparelhos celulares na sociedade brasileira no último mês de outubro foi de 51,6%, bastante inferior aos 89% verificados em países desenvolvidos.

A média mundial da receita de telefonia móvel em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) também foi medida no estudo. Foram 7,9%, contra 5,4% registrados no Brasil.

“Os aparelhos pré-pagos ainda são os mais adquiridos no país. A tecnologia GSM também tem preferência em relação à CDMA, já que oferece melhor operacionalidade e troca de chips, o que atraiu mais o público consumidor brasileiro. Cerca de 70% dos aparelhos vendidos no mundo são GSM”, afirma.

Perfil – O estudo também traçou o perfil do brasileiro que compra telefones celulares em relação à renda, escolaridade e faixa etária. Os consumidores com renda mensal de até R$ 480 são a maioria, com 64% das aquisições feitas em 2006. Em seguida, os de renda entre R$ 481 e R$ 1.199 representaram 26%, seguidos pelos de ganhos acima de R$ 1,2 mil mensais, com 10%.

Em relação ao grau de escolaridade, apenas 14% possuem nível superior, com a grande maioria sendo de ensino médio, com 49%. Cerca de 37% dos consumidores de telefonia móvel cursaram até a oitava série.

O estudo realizado pela Vivo aponta uma grande concentração de usuários na faixa etária entre 14 e 30 anos, com 50%. Entre 31 e 50 anos foram 38% e somente 12% acima de 51 anos.

Porém, mesmo com a participação menor, esta última faixa etária é a que mais cresceu no último ano. No período de julho de 2005 a junho de 2006, este segmento apresentou um aumento de 53% de participação no mercado, superando os 46% da faixa entre 41 e 50 anos.

“Mas o que nos chamou a atenção foi a categoria dos consumidores de 7 a 13 anos, que compraram 33% mais em um ano. Também cresceu muito o acesso das crianças ao celular”, contou Lima.



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