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Fox reafirma oposição a novos membros permanentes no Conselho de Segurança
Da AFP
19/09/2006 | 20:02
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Em sua última participação em uma Assembléia Geral da ONU, o presidente mexicano, Vicente Fox, reiterou nesta terça-feira a oposição de seu país à entrada de novos membros permanentes no Conselho de Segurança, como pede o Brasil, que aspira a um dos novos assentos.

"O México acredita no presente e no futuro da ONU. Sempre trabalhamos aqui de forma construtiva, buscando a criação de consensos e apresentando iniciativas para atender aos grandes desafios do nosso tempo", explicou Fox no primeiro dia de debates deste ano.

"Estou seguro de que nosso compromisso com a reforma da ONU resultará numa organização mais forte, capaz de cumprir os nobres objetivos para os quais foi criada", acrescentou diante de representantes dos 192 Estados membros.

"O México está convencido da necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança que garanta sua representatividade, eficácia e transparência, e que assegure a prestação de contas. Este objetivo não será alcançado com a criação de novos assentos permanentes", disse.

O México é um dos criadores do Grupo de Amigos da Reforma da ONU, que inclui países como Argélia, Austrália, Canadá, Colômbia, Chile, Espanha, Holanda, Japão, Quênia, Nova Zelândia, Paquistão, Cingapura e Suécia.

Todos esses países se opõem à iniciativa de nações como Brasil e Índia, que desejam a criação de novos assentos permanentes para países em desenvolvimento, sem direito a veto.

Para Fox, a "ONU é uma organização baseada no princípio da igualdade jurídica dos Estados".

"A reforma do Conselho deve assegurar que todos os Estados membros participem com maior freqüência desse órgão. Por isso, o México propõe a ampliação da categoria de assentos não permanentes, com possibilidade de reeleição imediata", disse.

Em declarações posteriores à imprensa, Fox anunciou que os representantes do grupo de amigos jantarão nesta terça-feira em Nova York para continuar discutindo sua estratégia.

"O México não tem nenhum apetite ou ambição de estar no Conselho de Segurança. Um Conselho de Segurança amplo é a melhor maneira de buscar soluções "para os problemas mundiais.

O presidente defendeu ainda o "respeito recíproco e a cooperação".

"Ao longo de seis décadas, os povos das Nações Unidas comprovaram que a força não apenas não resolve os problemas, mas com freqüência os agrava".




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