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Renault quer fatia de 10% até 2015
Marcelo Monegato
Enviado a Paris
02/10/2010 | 07:11
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O presidente da Renault no Brasil, Jean-Michel Jalinier, declarou ontem em encontro com jornalistas brasileiros no Salão de Paris que o objetivo da marca é obter 10% do mercado no País até o fim de 2015. Atualmente, a montadora de origem francesa detém somente 4,6% - 95.027 emplacamentos neste ano até o momento.

"O Brasil é o primeiro mercado mais importante para a Renault fora da França", declarou Jalinier. "Fechamos 2009 com 110 mil carros vendidos e devemos fechar este ano com 150 mil", completou.

Para chegar aos 10% como sonham Jalinier e Carlos Ghosn, presidente mundial da aliança Renault-Nissan, a estratégia é atuar em diferentes segmentos, trazendo ao Brasil novos modelos. O primeiro a chegar, no início de 2011, será o sedã Fluence, que aposentará o Mègane, na sequência virá o utilitário esportivo Duster.

"Além disso, devemos ter, por exemplo, uma picape", revelou o presidente da Renault no Brasil, sem detalhar, no entanto, quando essa picape chegará e qual será o modelo - se derivado de um veículo de passeio, desenvolvido pela engenharia brasileira, como o hatch Sandero, ou que faça parte da gama da parceira Nissan em outro país.

Outro segmento que deve receber atenção especial da Renault é o dos monovolumes. Recentemente, a montadora deixou de fabricar o Scènic em São José dos Pinhais, no Paraná. "Nossa intenção é voltar a atuar nesse setor com outro produto. Algo desenvolvido para os brasileiros", disse Jalinier, lembrando que os próximos três anos serão utilizados para o desenvolvimento de veículos que chegarão ao mercado até 2015.

Terceiro principal automóvel da Renault em termos de vendas, atrás apenas de Sandero e Logan, o Clio, que teve crescimento significativo de vendas nos últimos meses apostando na estratégia do preço mais competitivo e garantia de três anos, também será alvo dos designers brasileiros nos próximos meses. "Precisamos mudar! Não podemos ter um carro com o mesmo visual por mais de cinco anos", afirmou o presidente, deixando claro, no entanto, que a reestilização em nada lembrará o Clio que atualmente circula pela Europa.

Questionado sobre a possibilidade de a Renault ingressar no segmento dos hatches médios, Jalinier reconheceu a chance de explorar este nicho, mas, mostrando cautela, não quis revelar qual poderia ser o veículo. "A curto prazo não estamos pensando nisso. Talvez a médio ou longo prazo", admitiu.

Jean-Michel Jalinier garantiu que a fábrica de São José dos Pinhais tem condições de aumentar sua capacidade produtiva, já que opera atualmente com apenas 50%. O Duster, que utiliza mesma plataforma de Logan e Sandero, será produzido no Brasil. Já o Fluence virá da Argentina. "Temos plenas condições de produzir mais carros", concluiu.




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